A restrição excessiva de calorias pode estar relacionada a sintomas mais intensos de depressão, conforme indica uma nova pesquisa publicada na terça-feira (3) na revista BMJ Nutrition, Prevention & Health.
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A pesquisa examinou dados de mais de 28 mil adultos provenientes do National Health and Nutrition Examination Survey, que investigou a qualidade da alimentação dos indivíduos e seus sintomas de depressão.
Indivíduos que aderiam a dietas com restrição calórica significativa – particularmente homens e aqueles com índice de massa corporal elevado – demonstraram maior probabilidade de exibirem níveis mais elevados de sintomas depressivos.
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A qualidade da dieta também fez diferença. Indivíduos que relataram uma alimentação com mais alimentos ultraprocessados, carboidratos refinados, gorduras saturadas, carnes processadas e doces apresentavam maior tendência a ter níveis mais altos de depressão. Já aqueles que seguiam mais de perto um padrão alimentar no estilo da dieta mediterrânea geralmente tinham menor risco de depressão, revelou o estudo.
“Os resultados indicam cautela em relação a dietas excessivamente restritivas ou desequilibradas, principalmente para indivíduos que já lidam com estresse ou dificuldades relacionadas ao peso”, afirma o autor principal do estudo, Venkat Bhat, psiquiatra, pesquisador clínico e diretor do Programa de Psiquiatria Intervencionista do St. Michael’s Hospital e da Universidade de Toronto.
Bhat recomenda optar por mudanças alimentares equilibradas e sustentáveis, que atendam às necessidades nutricionais e considerem os aspectos psicológicos.
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Alimentos ultraprocessados elevam em 58% o risco de depressão persistente.
Fonte por: CNN Brasil