EUA anunciam que irão processar importadores que tentarem contornar tarifas

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos anunciou na quarta-feira (23.jul.2025) que irá processar criminalmente empresas e indivíduos que contornam as tarifas impostas pelo ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) a outros países.

A iniciativa representa uma alteração na postura dos Estados Unidos em relação à infringência de tarifas. Anteriormente, os casos eram solucionados por meio de multas ou acordos judiciais. Agora, as autoridades anunciam uma conduta mais firme, conforme informações da agência Bloomberg.

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A promotoria anunciou a medida dias antes da aplicação de novas tarifas a partir de 1º de agosto, quando o Brasil, por exemplo, começará a ter encargos de 50% sobre seus produtos.

O governo dos EUA reforçou sua equipe com profissionais relevantes para uma unidade especializada em fraudes comerciais e crimes corporativos. Adicionalmente, promotores estão solicitando dados de transações relacionadas a importações realizadas durante o mandato do ex-presidente Joe Biden.

O governo, empresas e indivíduos frequentemente empregam estratégias como alegar falsamente o país de origem da mercadoria ou classificar produtos incorretamente para evitar tarifas elevadas. Essas práticas são o foco principal da operação. As ações se concentram, em especial, em portos de entrada como o de Otay Mesa, em San Diego, na Califórnia, onde a CBP (Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA) realiza inspeções.

Taxas

Trump estabeleceu uma tarifa mínima de 10% sobre todas as importações do país, com exceções. Produtos da China pagam 30%, enquanto aço e alumínio enfrentam 50%. O governo também ameaça aumentar impostos sobre importações da União Europeia e do México.

Algumas tarifas entraram em vigor há poucas semanas, e outras começaram em 1º de agosto. O Departamento de Justiça continuará investigando violações às tarifas tanto da era Trump quanto anteriores à sua posse em janeiro. A unidade de fraude financeira agora se concentra em empresas que burlam os direitos aduaneiros.

Fonte por: Poder 360