EUA reduzem US$ 158 milhões em programas de combate à violência armada
A Reuters relata que a decisão afeta 69 projetos urbanos e reduz em mais de 50% o financiamento federal.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos cancelou US$ 158 milhões em financiamento federal para programas de prevenção à violência armada. A decisão, tomada em 29 de abril e divulgada pela Reuters nesta terça-feira (29.jul.2025), impactou organizações em Chicago, Nova York, Los Angeles, Washington D.C. e Baltimore.
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O corte afeta 69 projetos de intervenção contra a violência comunitária e corresponde a mais da metade dos recursos federais disponíveis anteriormente para esse tipo de programa. Uma análise da agência, com base em dados do governo, revelou que o departamento cancelou quase metade das 145 subvenções em andamento, que totalizavam mais de US$ 300 milhões.
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De acordo com um porta-voz do Departamento de Justiça, os projetos “não atendem mais às prioridades da agência”. O órgão ainda não informou se haverá substituição dos programas ou alternativas de financiamento para as organizações afetadas.
A ação faz parte de uma revisão mais abrangente realizada pela Escritório de Programas de Justiça. Em abril, o órgão já havia concluído 365 subsídios que totalizavam US$ 811 milhões, impactando outras ações de segurança pública e serviços para vítimas em todo o país.
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Uma parcela significativa dos programas cancelados recebeu financiamento através da Lei das Comunidades Seguras Bipartidárias, aprovada em 2022 durante o governo do ex-presidente Joe Biden (Partido Democrata). A legislação também estabeleceu o 1º Escritório da Casa Branca para Prevenção da Violência Armada, que, conforme relatado pelo ex-vice-diretor Greg Jackson, foi desativado no primeiro dia do governo do presidente Donald Trump (Partido Republicano).
A Think Outside Da Block, de Chicago, está entre as organizações impactadas, operando um ônibus comunitário em uma das áreas mais afetadas pela violência armada. Outras 24 entidades urbanas também perderam o suporte direto.
Os recursos reduzidos eram aplicados em ações como mediação de conflitos, apoio a vítimas em hospitais, contratação de assistentes sociais e encaminhamento a serviços e empregos, sobretudo no verão, período caracterizado pelo aumento de ocorrências de violência armada.
“A grande maioria desses grupos sequer existia há 5 anos, ou operava com orçamentos mínimos”, afirmou Michael-Sean Spence, diretor da Everytown for Gun Safety, organização que trabalha com mais de 130 iniciativas comunitárias. “Agora, são impedidos de atuar justamente no momento mais crítico do ano”.
Fonte por: Poder 360