Evo Morales declara que não apoia nenhum candidato à presidência nas eleições bolivianas
O ex-presidente afirmou que “até duas semanas atrás existiam possibilidades, porém houve intimidação, ameaça e perseguição” em relação a supostos acordo…

Evo Morales assegurou que não apoia nenhum candidato e não possui acordo com partidos políticos para as eleições gerais de domingo (17). Morales (2006-2019) compareceu cedo na localidade de Villa 14, onde votará, situada no Trópico de Cochabamba, seu reduto político e sindical, com uma caneta na mão para “votar nulo”. Um grupo de seus seguidores abriu caminho para que ele entrasse em uma sala onde realiza seu programa dominical na “Radio Kawsachun Coca” e colocaram nele um colar feito com folhas de coca.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Há cerca de duas semanas existiram possibilidades, mas houve intimidação, ameaça e perseguição, afirmou o ex-mandatário sobre supostos acordos com outras agrupações políticas para que fosse candidato. O ex-presidente também disse que seu apelo ao povo boliviano é para que anule o voto, porque sem ele na cédula presidencial não há nenhum candidato “que represente o povo” da Bolívia.
O ministro de Governo da Bolívia, Roberto Ríos, alertou na véspera que setores ligados ao ex-presidente Morales querem “causar comoção e obstaculizar o processo eleitoral” deste domingo, por isso pediu às pessoas que “não se deixem levar por essas tentativas de gerar caos”.
LEIA TAMBÉM:
● Aviação americana acompanha aeronave de Putin no Alasca após encontro com Trump
● EUA suspendem a emissão de vistos para cidadãos de Gaza
● Zelensky afirma que a recusa da Rússia em aceitar um cessar-fogo na Ucrânia “complica a situação” para alcançar a paz
Morales permanece acampado desde outubro de 2024 na Ilha de Cochabamba, cercado por centenas de seus apoiadores, que buscam impedir a execução de um mandado de prisão contra ele em um caso de tráfico de pessoas agravado. O ex-governante renunciou à sua filiação ao partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) após perder a liderança da organização após quase 30 anos.
A remoção constitucional de Morales da disputa presidencial, juntamente com sua tentativa de se inscrever nas eleições com um partido “emprestado”, que não possuía registro legal no Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), ocorreram na Bolívia. O país conta com 7.567.207 eleitores maiores de 18 anos para escolher o presidente, o vice-presidente e os parlamentares do Legislativo por um período de cinco anos, além de 369.308 cidadãos que poderão votar no exterior. As eleições se dão em meio a uma grave crise econômica, caracterizada pela falta de dólares, escassez de combustível e a maior inflação em décadas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com informações do EFE.
Fonte por: Jovem Pan