Evo Morales enfrenta novo revés e não obtém registro de candidatura para as eleições na Bolívia

O partido selecionado pelo ex-presidente não possui reconhecimento da Justiça Eleitoral do país. Manifestantes ligados a Evo prometem novas mobilizações.

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(Imagem de reprodução da internet).

O ex-presidente Evo Morales está fora das eleições presidenciais de agosto na Bolívia, por não conseguir registrar sua candidatura, informou nesta terça-feira 20 o Tribunal Supremo Eleitoral (TSE).

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Apoadores de Morales tentaram registrar seu nome até a noite de segunda-feira através do Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-bol), porém a organização não possui reconhecimento jurídico, conforme explicou o secretário da Câmara do TSE, Luis Fernando Arteaga.

O PAN-BOL teve sua pessoa jurídica cancelada, sendo que, por consequência, não podem registrar candidatos, afirmou Arteaga em uma coletiva de imprensa.

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Morales optou pelo Pan-Bolsonaro no último momento, após renunciar em fevereiro passado ao governo do Movimento ao Socialismo (MAS), que ficou sob o controle do presidente Luis Arce, seu ex-aliado.

O TSE invalidou a pessoa jurídica do Pan-Bol no início do mês, devido ao fato de o partido não ter atingido os 3% dos votos nas últimas eleições presidenciais de 2020. Essa mesma determinação impactou a Frente Para a Vitória (FPV).

O ex-presidente permaneceu sem emitir declarações, contudo, seus apoiadores divulgaram a organização de manifestações, incluindo o corte de vias a partir da terça-feira.

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Morales permanece firmemente na região de Chapare, sem poder deixar o local há sete meses, em razão de uma ordem judicial de prisão referente a um caso de tráfico de menores que ele contesta.

O ex-chefe de Estado também era alvo de uma decisão judicial que o impedia de concorrer às eleições de 17 de agosto.

O Tribunal Constitucional confirmou na semana passada que Morales (2006-2019) não pode concorrer a um quarto mandato, devido a ter exercido a presidência por mais de duas vezes.

O TSE até a noite de segunda-feira registrou 10 partidos e grupos políticos. O tribunal ainda irá analisar a candidatura do presidente do Senado, Andrônico Rodríguez, pela frente Aliança Popular, até que a Justiça decida se ele cumpriu as normas partidárias.

Rodríguez, líder cocaleiro, era visto como o herdeiro político de Morales. Ele conduzia diversas pesquisas de intenção de voto.

Eduardo del Castillo será candidato pelo MAS, após a decisão do presidente Luis Arce de não disputar a reeleição.

Os principais adversários do bloco de esquerda são o empresário social-democrata Samuel Doria Medina e o ex-presidente de direita Jorge Quiroga.

O grupo de candidatos inclui também outros ex-militantes da MAS e indivíduos de centro e direita com menor expressão eleitoral.

Fonte: Carta Capital

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