Evo Morales não pode concorrer e é eliminado da disputa pela presidência
O Tribunal Eleitoral declarou que o partido de Morales não está em vigor, contudo, o ex-presidente apresentou recurso judicial para poder disputar a eleição.
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, compareceu à Justiça nesta terça-feira (20) após não ter conseguido se candidatar às eleições presidenciais do país que ocorrerão em agosto. O período de inscrição das candidaturas encerrou na segunda-feira (19).
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O secretário da Câmara do Tribunal Supremo Eleitoral do país, Luis Fernando Arteaga, declarou que o ex-presidente não pode se candidatar, pois seus partidos, Evo Pueblo e Partido de Ação Nacional Boliviano (Pan-Bol), não possuem personalidade jurídica válida.
Advogados de Morales tentaram se apresentar ao Tribunal Superior Eleitoral para registrar a candidatura, porém, não conseguiram formalizá-la. Wilfredo Chávez, defensor do ex-presidente, manifestou “arrependimento pela presença policial intensa” na entrada do edifício.
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O advogado afirmou que, naquele centro que deveria ser democrático, houve impedimento sistemático de forças legalmente habilitadas para se inscrever e participar das eleições, denunciando a proscrição do partido de Morales.
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Na totalidade, cinco partidos e cinco alianças partidárias se inscreveram para o pleito. Uma das dez chapas, liderada pelo presidente do Senado e ex-aliado de Morales, Andrónico Rodríguez, contudo, está com a inscrição suspensa até que a Justiça se pronuncie sobre um recurso contra seu partido, o Movimento Terceiro Sistema (MTS).
O presidente boliviano, Luis Arce, ex-aliado e atual rival de Morales, desistiu da candidatura à reeleição. Em seu lugar, pelo partido governista Movimento ao Socialismo (MAS), o ministro Eduardo del Castillo, que recentemente deixou o cargo para concorrer à eleição, foi indicado.
Evo Morales liderou a Bolívia por três períodos, de 2006 a 2019. Buscou um quarto mandato, porém, após uma série de protestos desencadeados por um pleito contestado e influência das Forças Armadas, renunciou à presidência.
O Tribunal Constitucional da Bolívia declarou que Morales não pode concorrer a um novo mandato, em conformidade com a Constituição do país.
Fonte: CNN Brasil