Brendan Paul, antigo assessor do rapper Sean “Diddy”, relatou o funcionamento do esquema de compra de drogas para o artista, que está sendo julgado por promover tráfico sexual, prostituição, sequestro, incêndio criminoso, trabalho forçado e outros crimes.
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O ex-funcionário do magnata afirmou que testemunhou Combs utilizar substâncias ilícitas – como cocaína, cetona, ecstasy e maconha – aproximadamente uma vez por mês, embora houvesse outras ocasiões em que ele aparentava estar sob efeito de drogas.
O júri examinou uma fotografia que Paul tirou no início de seu consumo de ecstasy, de um pote de cetamina e molly tingidos de rosa “para fins estéticos”, de acordo com o testemunho do ex-assistente.
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Paul afirmou que Diddy ou um de seus auxiliares o orientava a adquirir substâncias ilícitas para o rapper. Ele relatou que comprava maconha a cada dois meses, pagando US$ 4.200 (aproximadamente R$ 23.135) por 473 ml. Ele mencionou que a compra era feita através de Phillip Pines, um ex-assistente de Combs.
Paul afirmou ter adquirido outras substâncias para Combs em menos de 10 ocasiões. Ele relatou que, em algumas vezes, pagava entre US$ 300 (R$ 1.652) e US$ 500 (R$ 2.754) por 1 ou 2 gramas de droga, e, em outras, recebia os pacotes sem pagamento direto.
Em certas ocasiões, Paul enviava mensagens de texto para um traficante e eles chegavam até a casa do veterano da indústria musical para entregar as drogas.
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O júri também examinou mensagens entre Brendan Paul, um traficante de drogas, e outro assistente de Combs, Jonathan Perez, de fevereiro de 2024. Paul declarou que Perez o colocou em contato com o traficante para obter drogas para Combs.
“Para você ou para o Puff?”, perguntou o negociador nas mensagens. “Puff”, respondeu Paul, segundo mensagens lidas em voz alta no tribunal. “Mas, por favor, não divulgue isso, você pode contar para quem quiser, para mim.”
Paul afirmou que, ao receber as drogas, entregava-as diretamente a Combs ou as depositava na bolsa da Gucci, local onde eram armazenadas.
O ex-auxiliar declarou que adquira medicamentos com receita médica para Sean “Diddy” utilizando o nome completo de Combs ou o apelido “Frank Black”.
O júri examinou as mensagens que Combs enviou a Paul em 14 de fevereiro de 2024, solicitando que ele tomasse Xanax. Paul declarou que Combs não possuía prescrição para Xanax e não conseguiu obter os medicamentos.
Paul afirmou que não informou à polícia que a cocaína não lhe pertencia por “lealdade” a Combs, e que lidar com drogas era apenas uma pequena parte de seu trabalho como ex-assistente do rapper.
Paul confirmou que lidar com drogas era um aspecto secundário de todo o trabalho que ele realizava para Combs. “Você não era uma mule de drogas, certo?”, perguntou o advogado de defesa Brian Steel. “De jeito nenhum”, respondeu Paul.
Combs, 55 anos, alegou inocência das acusações de conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para se envolver em prostituição.
Sean Combs, P. Diddy, Puff Daddy: quem é o rapper
Fonte por: CNN Brasil