Ex-chefe do Ministério da Justiça afirma que Torres propôs uma nova operação da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno

Fernando de Oliveira afirmou ao STF que o ex-ministro apresentou “mudança de postura” no segundo turno e elevou as exigências por recursos e valores.

25/07/2025 3h51

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(Imagem de reprodução da internet).

O delegado da PF e ex-diretor de Operações do Ministério da Justiça, Fernando de Sousa Oliveira, réu no processo que apura suposto plano de golpe, afirmou nesta quinta-feira (24) que houve uma “mudança de postura” por parte do ex-ministro Anderson Torres antes do segundo turno das eleições de 2022.

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Oliveira relata que Torres elevou o volume de processos no âmbito da Operação Eleições 2022 e solicitou incremento de orçamento e de pessoal para o segundo turno. Segundo ele, os pedidos ficaram na casa dos R$ 1 milhão e R$ 3 milhões.

O delegado afirmou ter sugerido a não implementação desses pedidos. […] Em minha opinião, como assessor técnico, não havia nenhum indicativo que levasse ao aumento de efetivo. Por isso, elaborei todos esses ofícios, informando que não existia necessidade de implementar esses recursos.

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O ex-ministro também teria tentado estabelecer uma operação conjunta entre a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal para intensificar o policiamento no período eleitoral.

O delegado afirmou ter recomendado o arquivamento do pedido, justificando que não existia “viabilidade técnica” para uma segunda operação integrada, considerando que já ocorria a “operação eleições 2022”.

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Oliveira declarou que observou uma mudança no comportamento do ministro, não recordando sua participação em reuniões durante o primeiro turno. No entanto, no segundo turno, houve uma demanda intensificada em relação às operações das eleições de 2022.

O delegado foi chamado repetidas vezes, pelo menos seis vezes, para debater as operações do segundo turno, um número significativamente maior do que as convocações referentes a outras operações.

Oliveira foi ouvido nesta quinta-feira (24) pelo Supremo Tribunal Federal. Trata-se da última etapa da fase de instrução do processo contra o núcleo 2 da organização que supostamente planejou um golpe de Estado.

O grupo é formado por seis réus acusados de serem responsáveis pelo gerenciamento das ações da organização criminosa.

Entre as principais acusações contra os réus está o emprego da estrutura da PRF para prejudicar o deslocamento e a participação de eleitores, sobretudo do Nordeste, no dia do segundo turno das eleições.

Fonte por: CNN Brasil

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