O ex-comandante da Aeronáutica Carlos Almeida Baptista Júnior declarou, em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) na quarta-feira (21.mai.2025), que os chefes das Forças Armadas consideraram, em uma reunião, a viabilidade de prender o ministro Alexandre de Moraes.
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Conforme Baptista Júnior, compareciam a essas reuniões os então comandantes do Exército, o general Freire Gomes; da Marinha, o almirante Almir Garnier; além do próprio brigadeiro. Estariam presentes também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o então ministro da Defesa, o general Paulo Sérgio Nogueira.
Durante as reuniões, segundo o ex-comandante, discutia-se a viabilidade de decretar uma GLO (Garantia da Lei e da Ordem), considerando uma análise do contexto político-social do país. A intenção, declarou, seria “prevenir uma crise social”.
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Ao ser questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre se havia sido discutida a prisão de ministros do Supremo, Baptista Júnior respondeu que sim e mencionou Moraes.
Ele propôs a ideia como parte de um “brainstorming”, onde diversos contextos eram avaliados.
Baptiste Júnior é uma das testemunhas arroladas para depor na ação por tentativa de golpe contra o Supremo Tribunal Federal. Ele foi designado como testemunha da acusação, apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, de Bolsonaro e contra o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira.
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As declarações das testemunhas do chamado “núcleo 1” da investigação estão agendadas até o dia 2 de junho. Na quinta-feira (22.mai), devem depor as testemunhas indicadas pela defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, a partir das 8h.
Fonte: Poder 360