Ex-gestor denuncia desvios e atuação de “Careca do INSS” em instituição

A Polícia Federal investiga a Cebap, que arrecadou R$ 202 milhões desde a assinatura do acordo com o instituto.

20/05/2025 16h12

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(Imagem de reprodução da internet).

Um ex-diretor do Cebap (Centro de Estudos dos Benefícios dos Aposentados e Pensionistas) declarou ter sido contratado pelo empresário Maurício Camisotti para administrar a entidade e uma federação liderada por Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS”. Antunes é considerado pela investigação da Polícia Federal como peça chave no esquema de desvio de recursos de aposentados e pensionistas do INSS, totalizando R$ 6,5 bilhões.

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O ex-diretor, que não se identificou, realizava a assinatura de contratos públicos em Brasília para as empresas de planos odontológicos de Camisotti. Por cada acordo, o dirigente recebia uma comissão. As informações são do portal de notícias Metrópoles.

Rodrigo Califoni, próximo a Camisotti, contatou o ex-diretor em dezembro de 2023 para liderar uma associação de federações em favor dos aposentados. A organização reuniria entidades vinculadas ao empresário e a “Careca do INSS”.

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A federação já possuía endereço no Lago Sul, em Brasília, porém não iniciou suas atividades, devido às fraudes no INSS que foram detectadas. O valor do aluguel seria de R$ 22.000.

Outros líderes de sindicatos relataram ter sido contatados por indivíduos próximos a Camisotti para que se unissem à federação. O objetivo era fortalecer as entidades e influenciar o INSS em seu favor.

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O indivíduo conhecido como “Careca do INSS” teria recebido cerca de R$ 53,58 milhões de associações e empresas intermediárias no esquema de descontos irregulares em aposentadorias na instituição.

O ex-diretor do Cebap também disse que os descontos das mensalidades dos aposentados –que chegavam a R$ 15 milhões– eram repassados para outras contas por funcionários de Camisotti. “Diariamente, eles faziam 4 transferências de R$ 500 mil e uma de R$ 400 [mil]”, afirmou.

Em 2024, a Polícia Civil de São Paulo e o Gaeco (Grupo de Combate ao Crime Organizado, do MP-SP) realizaram uma operação de busca e apreensão no Cebap.

Após as apurações, o pagamento do salário de R$ 15.000, anteriormente concedido ao ex-diretor, passou a ser feito em dinheiro. Em janeiro de 2025, ele deixou a coordenação do Centro e encerrou o vínculo com Maurício Camisotti.

Fonte: Poder 360

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