Ex-parlamentar em cadeira é barrada de embarcar em voo com apoio ortopédico
A Gol lamentou a situação e informou que a almofada ortopédica da ex-deputada Célia Leão não estava autorizada para uso durante o voo.

A ex-deputada estadual de São Paulo Célia Leão precisou desembarcar de seu voo devido à sua almofada ortopédica, que ela afirma ser fundamental para suportar a viagem de 3 horas de Buenos Aires até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.
Célia, atualmente secretária de Desenvolvimento Social de Valinhos, ficou paraplégica aos 19 anos, em razão de um acidente automobilístico.
Foi extremamente constrangedor, muito triste. Fico abismada que, em 2025, ainda exista uma empresa como a Gol, que não tenha demonstrado sensibilidade, respeito e compromisso com os direitos previstos na legislação brasileira e internacional.
Ela afirma que a almofada representa uma maneira de viajar segura, visto que ela não consegue sentar-se sem ela, devido à sua musculatura que impede que permaneça sentada, independentemente da suavidade do assento.
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O que se sabe:
Célia considerou que a companhia aérea não demonstrou sensibilidade, responsabilidade ou cortesia diante da situação. “São 50 anos que estou nesta cadeira de rodas, já fui secretária de estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e, obviamente, eu entendo desse assunto […]. É inaceitável que uma empresa tenha tido essa atitude”, desabafou.
A Gol, em nota, declarou que a passageira com necessidades de atendimento especial não pôde embarcar devido à falta de prévia do formulário MEDIF e à autorização da almofada para uso a bordo, podendo representar risco à segurança de Célia. A companhia também lamentou os transtornos e afirmou que “prestou toda a assistência necessária no momento do desembarque”.
Com base na informação, uma nova avaliação do caso resultou na autorização do embarque de Célia para a sexta-feira (2/5), após o envio do MEDIF e a liberação médica.
O prefeito de Valinhos, Franklin Duarte de Lima (PL), manifestou indignação e solidariedade a Célia Leão, afirmando que “é inadmissível que ainda sejamos obrigados a encarar situações que desrespeitem a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência”.
Fonte: Metrópoles