Ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner solicita a execução de pena sob regime de prisão domiciliar

A Suprema Corte confirmou na terça-feira a sentença de seis anos de prisão e inelegibilidade vitalícia contra a ex-mandatária por administração fraudulenta em contratos de obras públicas na província de Santa Cruz (sul).

11/06/2025 21h32

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AME4970. BUENOS AIRES (ARGENTINA), 10/06/2025.- La expresidenta argentina Cristina Fernández (2007-2015) reacciona este martes, en Buenos Aires (Argentina). Fernández afirmó que los jueces de la Corte Suprema que ratificaron su condena a seis años de prisión "son tres monigotes que responden a mandos naturales por encima de ellos" y les calificó de "triunvirato de impresentables". EFE/ Enrique García Medina

A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, solicitou que cumpra em sua residência a pena de seis anos por corrupção, determinada pela Justiça, ao mesmo tempo em que sua defesa acusa uma “perseguição política” ao Tribunal Penal Internacional e seus seguidores expressam indignação.

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A Suprema Corte argentina determinou na terça-feira a publicação da sentença que concede seis anos de prisão e inelegibilidade perpétua ao ex-presidente (2007–2015) por administração fraudulenta em contratos de obras públicas na província de Santa Cruz (sul). A decisão judicial estabeleceu um prazo de cinco dias úteis para que ele se entregue ao tribunal federal.

Seus advogados solicitaram que a líder peronista, de 72 anos, cumprisse a pena em seu apartamento no bairro de Constituição, em Buenos Aires. “Solicitamos a prisão domiciliar que é concedida às pessoas com mais de 70 anos”, declarou o advogado Carlos Beraldi a jornalistas. “Não estamos exigindo privilégios, apenas que se dê o mesmo tratamento a qualquer outra pessoa na mesma situação jurídica”, acrescentou.

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Registrando que, em 2022, um indivíduo acionou duas vezes o gatilho de uma pistola a centímetros da cabeça de Kirchner sem que as balas fossem disparadas, Beraldi argumentou que o ex-presidente “foi vítima de um atentado e até agora os autores intelectuais não foram identificados”. Paralelamente, o advogado Gregorio Dalbón respondeu a Haia para denunciar ao TPI uma “perseguição política” contra o principal opositor do governo do ultraliberal Javier Milei.

A explicação decorre de um processo tendencioso, com direcionamento desde o início para atingir um objetivo político: censurar a mulher que mais vezes venceu nas eleições desde a redemocratização, escreveu Dalbón no X, ao anunciar que também recorrerá à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A própria Kirchner acusou na terça-feira de “fantoches” os três juízes da Suprema Corte que votaram contra ela e, diante de uma multidão de apoiadores, afirmou que “a sentença já estava escrita” antes do julgamento.

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Foi feita justiça.

De Israel, onde se encontrava em viagem, Milei comentou na plataforma X a decisão do tribunal superior: “Justiça. Fim.” Também sua ministra da Segurança, Patricia Bullrich, manifestou sua opinião: “Três instâncias, centenas de provas e todas as garantias do devido processo. Houve justiça.” Enquanto isso, centenas de apoiadores de Kirchner se reuniram em frente à sua residência desde a manhã de quarta-feira, após terem acompanhado milhares até a noite anterior, em razão da divulgação da sentença.

O ex-presidente foi chamado para receber os manifestantes libertados da varanda. Simultaneamente, médicos do hospital pediátrico Garrahan, que há semanas exigem melhorias salariais, protestaram na Praça de Maio, no centro de Buenos Aires, em conjunto com os aposentados que realizavam uma manifestação semanal contra o governo Milei.

“Existem colegas que dizem: como vou cuidar dos filhos dos outros se não consigo cuidar do meu?”, declarou à AFP Yanina, enfermeira de 32 anos que não revelou o sobrenome, em meio a manifestações a favor de Kirchner e cartazes que denunciavam a “proibição”. Estudantes da Universidade de Buenos Aires ocuparam diversos campi na terça-feira “em defesa dos direitos democráticos”, e alguns sindicatos bloquearam acessos ao capital.

Com informações da AFP Publicado por Carolina Ferreira

Fonte por: Jovem Pan

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