Ex-primeiro-ministro da Tunísia é condenado a 34 anos de prisão em caso de envolvimento com jihadistas

Deputado foi acusado de facilitar a fuga para a Síria de apoiadores do Estado Islâmico.

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(Imagem de reprodução da internet).

Um tribunal da Tunísia condenou o ex-primeiro-ministro Ali Larayedh a 34 anos de prisão, sendo-o considerado culpado de facilitar a saída de jihadistas para a Síria na última década, conforme declarado pelo seu advogado à agência Reuters.

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Larayedh declarou ao juiz, nesta sexta-feira, que não se posicionou como simpático, cúmplice, neutro ou tolerante em relação à violência e ao terrorismo.

O político permanece detido desde 2022.

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Larayedh, ex-primeiro-ministro de 2013 a 2014, é uma figura relevante no Ennahda, um partido islâmico que se destaca como principal opositor ao atual presidente Kais Saied.

Após a revolução de 2011, muitos tunisianos viajaram para a Síria, Iraque e Líbia para lutar ao lado do Estado Islâmico. O partido islâmico Ennahda foi criticado por supostamente ter facilitado essas viagens, uma alegação que o ex-primeiro-ministro nega.

O partido Ennahda rejeita as alegações de terrorismo, afirmando que o caso possui motivação política e é parte de uma repressão à oposição. Isso ocorreu após o presidente Kais Saied obter amplos poderes em 2021, ao dissolver o parlamento e iniciar um governo por decreto.

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Denúncias de repressão política

A decisão sobre o caso do ex-primeiro-ministro foi tomada uma semana após a prisão do advogado Ahmed Souab, um crítico veemente do presidente Saied.

A Justiça também determinou a prisão de outros líderes da oposição, empresários e personalidades da mídia, sob a acusação de conspiração.

A agência de notícias estatal TAP informou que as sentenças foram aplicadas a oito pessoas, com penas que variam de 18 a 36 anos.

Organizações de direitos humanos consideraram as decisões e a prisão de Souab, na semana passada, como um aumento perigoso da repressão contra a oposição. O governo rejeitou as alegações e declarou que o judiciário é independente.

Fonte: CNN Brasil

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