Ex-refém do Hamas relata agressão sexual em casa após libertação

Mia Schem, ex-refém do Hamas sequestrada em 7 de outubro de 2023 e mantida em cativeiro por 54 dias, declarou que sentia temor de ser estuprada durante seu período de detenção. Contudo, ela relatou que o crime ocorreu em sua residência, em Tel Aviv, Israel, e foi praticado por um personal trainer conhecido.

Compreenda o caso.

Ela declarou, em entrevista ao Canal 21, de Israel, em 1º de maio, que esse era seu maior temor no período de cativeiro, embora tenha ocorrido dentro do próprio lar, o qual, segundo ela, deveria ser um ambiente seguro.

A ocorrência ocorreu em abril e, desde então, a ex-refém tem enfrentado traumas e dificuldades para lidar com a situação. “Vim relatar a história como ela é, que sofri abuso. Passei por um incidente no mês passado, que me causou o isolamento em casa, estados mentais extremos e, no final, fui eu quem saiu ferida”, relatou Mia.

O indivíduo, influenciador fitness, presta serviços a vários clientes famosos, entre eles um ex-primeiro-ministro. Mia comparecia à academia onde o profissional exercia sua atividade, situada a poucos minutos de sua residência. O suspeito alega não ter cometido o estupro.

A ex-refém afirma que o treinador a encontrou com promessas de conexões em Hollywood e de que poderia auxiliá-la a relatar sua história. Ele a abordou em sua casa e, segundo Mia Schem, ela não se recorda mais de nada a partir desse momento. “Meu corpo se lembra. Meu corpo sentiu. Meu corpo sabe que passei por algo”, relatou.

Mesmo em cativeiro, quando me machuquei, eu superei. A última coisa que eu precisava era de um incidente como este. Preciso de um momento de paz para processar minha vida por um segundo – ainda não comecei a processar meu cativeiro –, acrescentou Mia.

Aprendiz em Israel

Em 2023, o Hamas divulgou o primeiro vídeo de uma suposta refém após os ataques de 7 de outubro. A jovem seria Mia Schem, sequestrada durante uma festa de música eletrônica em Israel.

Mia Schem relata ter realizado uma cirurgia de três horas e que está recebendo assistência médica.

A gravação tem aproximadamente um minuto e apenas Mia é visível. Não há membros do Hamas nas imagens; contudo, é possível observar a mão de outra pessoa aplicando os curativos na jovem.

Fonte: Metrópoles