Ex-Seleção argumenta a favor da inclusão de técnicos estrangeiros no Brasil: “Enriquece”
Alex é o convidado do CNN Esportes S/A deste domingo (18).

Carlo Ancelotti foi oficialmente apresentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na última segunda-feira (12), como o novo técnico da Seleção. O treinador permanecerá à frente da equipe amarelinha até a Copa do Mundo de 2026.
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A decisão de optar pelo técnico italiano provocou grande repercussão internacional. Contudo, ex-jogadores da Seleção Brasileira, como Rivaldo e Cafu, manifestaram críticas e defenderam a nomeação de um treinador brasileiro para o cargo.
O ex-jogador Alex, ídolo de clubes como Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e Fenerbahçe, declarou ter uma visão natural sobre a presença de técnicos estrangeiros no futebol brasileiro.
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“Para mim é natural. Eu fui estrangeiro na Turquia durante 9 anos e fui super bem tratado e, quando eu cruzo com algum estrangeiro aqui dentro do Brasil, eu procuro dar o melhor tratamento. Não vejo problema nisso: a gente vê aqui estrangeiros fazendo um sucesso absoluto e a gente vê também estrangeiros vindo aqui, passando pouco tempo e retornando”, revelou o ex-jogador.
A seleção de jogadores de alto desempenho que se destacam no futebol nacional.
A Série A do Campeonato Brasileiro possui atualmente seis treinadores estrangeiros: Abel Ferreira, Leonardo Jardim, Renato Paiva, Vojvoda, Zubeldía e Antônio Oliveira.
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Considera-se que essa questão de um estrangeiro estar trabalhando aqui deve ser respondida por quem gerencia os clubes, para presidentes, executivos e diretores, e entender o motivo de se preferir um treinador estrangeiro em vez de um brasileiro.
Para Alex, a troca de experiências é valiosa no futebol profissional, porém ele demonstra preocupação em relação às categorias de base.
Minha preocupação se concentra no futebol de base. Acredito que, nesse nível, devemos ter uma referência maior ao nosso país, aquilo que nós gostamos. É óbvio que hoje o futebol é um mercado muito grande. Sai uma grande quantidade de jogadores do Brasil, muitas vezes nem jogam em suas equipes ainda e já acabam saindo e terminando a sua qualificação no futebol profissional lá na Europa. E isso é algo que eu ainda discuto um pouco, mas o futebol das equipes principais eu vejo como uma coisa boa [estrangeiros], porque vêm ideias novas, outra forma de olhar o jogo, é outra maneira de se enxergar a maneira como é jogado.
O ex-jogador também comentou sobre a falta de uma escola única no futebol brasileiro. Para ele, essa variedade de estilos é uma riqueza que só tende a crescer com a presença de técnicos estrangeiros.
Não se consegue analisar uma escola de futebol do Brasil. Se considerarmos o Telê, ele jogava de uma maneira. Antônio Andrade jogava de outra. Se pegarmos o Rubens Minelli, foi campeão de uma forma diferente. Osvaldo Brandão, no Palmeiras, no Corinthians e em outros clubes, foi campeão de uma outra maneira. Felipe e Luxemburgo foram contemporâneos; quando um surge no Bragantino, o outro surge no Criciúma, e se tornam grandes nomes, eles vinham de um jogo totalmente diferente. Paulo Autuori fez um jogo diferente do Muricy. Assim, a escola brasileira é riquíssima, ela é jogada de maneira variada. Quando vêm treinadores de fora, eu acredito que enriquece mais essa discussão, que é bem grande e muito boa de ser feita.
CNN Esportes S/A
Com Alex, o CNN Esportes S/A chega à 95ª edição. Apresentado por João Vitor Xavier, o programa aborda os bastidores de um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o esporte.
Atualmente, os temas mais relevantes do universo do futebol, sob a ótica da economia e dos negócios.
Fonte: CNN Brasil