Exame inovador diminui biópsias e aumenta precisão no diagnóstico do câncer de próstata

Avanço em exames de imagem possibilita diagnóstico mais preciso do câncer de próstata, proporcionando alívio e reduzindo procedimentos para os homens.

16/10/2025 12:18

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Exame inovador diminui biópsias e aumenta precisão no diagnóstico do câncer de próstata
(Imagem de reprodução da internet).

Diagnóstico do câncer de próstata: evolução com a ressonância multiparamétrica

Por muito tempo, o diagnóstico do câncer de próstata se baseou em dois métodos principais: o toque retal e o exame de PSA. Embora essas ferramentas continuem a ser relevantes, elas nem sempre fornecem todas as informações necessárias. O PSA pode apresentar alterações por diversas razões que não estão relacionadas ao câncer, e o toque, apesar de ser fundamental, não consegue alcançar todas as áreas da glândula. Nesse contexto, a medicina passou a contar com uma nova aliada: a ressonância multiparamétrica da próstata, um exame que revolucionou a investigação dessa doença.

Impacto da ressonância na rotina dos pacientes

A principal vantagem da ressonância multiparamétrica é sua capacidade de visualizar a próstata com detalhes impressionantes. Utilizando campos magnéticos em vez de radiação, o exame proporciona imagens de alta resolução e avalia o tecido prostático sob diferentes aspectos, como densidade, circulação sanguínea e comportamento celular. Isso permite que o médico identifique com maior precisão a presença de tumores e sua localização.

Esse nível de precisão não apenas aumenta as chances de detectar um câncer significativo, mas também reduz a necessidade de biópsias desnecessárias. Anteriormente, muitos homens com PSA alterado eram encaminhados diretamente para biópsias, mesmo sem sinais claros de tumor. Com a ressonância multiparamétrica, é possível determinar quais pacientes realmente necessitam do procedimento e direcionar a biópsia para a área suspeita, tornando o diagnóstico mais eficiente e seguro.

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Menos intervenções e mais qualidade de vida

Além disso, o exame auxilia na diferenciação entre tumores de crescimento lento, que podem não causar sintomas, e os mais agressivos, que requerem tratamento imediato. Essa distinção é crucial para evitar o chamado “overtreatment”, que se refere ao tratamento excessivo de alterações que não impactariam a saúde se apenas fossem monitoradas. Assim, muitos pacientes podem optar por um acompanhamento ativo, evitando cirurgias ou radioterapia desnecessárias.

O exame é indolor, não invasivo e geralmente realizado com contraste para aprimorar a avaliação da circulação sanguínea na próstata. Embora ainda não esteja disponível em todos os serviços públicos, já é parte da rotina em muitos centros especializados e vem sendo cada vez mais adotado no tratamento do câncer de próstata.

Mais segurança e clareza para os pacientes

A ressonância multiparamétrica não substitui o PSA ou o toque retal, mas complementa e aprimora essas etapas, tornando o diagnóstico mais preciso e seguro. Para os pacientes, isso significa menos incertezas, menos procedimentos invasivos e maior clareza na tomada de decisões sobre sua saúde.

Em um contexto onde a palavra “câncer” ainda gera temor, oferecer um caminho mais claro e menos traumático pode transformar a experiência do diagnóstico. A próstata, que por muitos anos ficou em segundo plano, agora recebe uma atenção mais detalhada e humana.

Dr. Felipe Roth Vargas – CRM/SP 155352 | RQE 94668
Médico Radiologista
Membro da Brazil Health

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