Executivo analisa dois casos suspeitos de gripe aviária no Rio Grande do Sul e Tocantins

Uma das propriedades sob investigação é de subsistência e não impacta o comércio exterior; o primeiro foco da doença foi confirmado na sexta-feira (16.mai).

19/05/2025 9h45

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O Mapa comunicou, por meio de nota oficial publicada no domingo (18.mai.2025), que apura a existência de dois novos casos suspeitos de gripe aviária, um no Rio Grande do Sul e outro em Tocantins.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Uma das áreas sob investigação está situada a 3 quilômetros da propriedade rural onde o primeiro caso foi detectado, no município de Montenegro (RS). Em Tocantins, o foco principal se localiza na cidade de Aguiarnópolis, próxima à fronteira com o Maranhão.

De acordo com o Mapa, até domingo (18.mai), a área em um raio de 3 km a partir da granja em Montenegro, onde foi declarada a emergência, já contava com a vistoria de 29 das 30 propriedades. Das 510 propriedades localizadas em um raio de 7 km, 238 já haviam sido investigadas.

LEIA TAMBÉM:

As amostras consideradas suspeitas, recolhidas no Rio Grande do Sul, foram encaminhadas ao LFDA-SP (Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo), localizado em Campinas, interior do estado. A estimativa é que os resultados sejam obtidos até o final desta segunda-feira (19.mai).

De acordo com o governo, a nova propriedade sob investigação é destinada à autoabastecimento, para o consumo do próprio produtor e de sua família, e, por isso, “não tem impacto no comércio internacional, nem na segurança dos alimentos inspecionados”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em relação à suspeita em Aguiarnópolis (TO), uma análise preliminar identificou a presença de Influenza A. Contudo, considerando as características epidemiológicas, laboratoriais e clínicas observadas, as amostras não seriam de alta patogenicidade.

A investigação laboratorial está em curso e as medidas de controle de trânsito adotadas, com manutenção da situação sob controle e vigilância adequados, declarou o Mapa.

O comunicado também informou que na propriedade Foco, em Montenegro, foi realizado o descarte de todas as aves e de seus ovos e que está sendo realizada a limpeza e desinfecção de todas as instalações. Foi previsto que, nesta segunda-feira (19.mai), estariam em operação todas as 7 barreiras de bloqueio de trânsito de animais e 6 de desinfecção.

O Ministério garantiu que as apurações de suspeitas são parte da rotina das atividades da Defesa Agropecuária e que, quando há emergências declaradas, o número de investigações tende a aumentar inicialmente.

Comércio Internacional

Após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária, nove destinos suspenderam as importações de carne de frango do Brasil. São eles: China, México, Uruguai, Argentina, Chile, Coreia do Sul, Canadá, África do Sul e União Europeia, que compreende 27 países.

Alguns países suspenderam a importação de carne de frango apenas da região afetada. Trata-se dos Emirados Árabes Unidos e das Filipinas.

No domingo (18.mai), o Poder360 esteve presente em um encontro entre jornalistas e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), na Embaixada do Brasil em Roma (Itália). Na ocasião, Alckmin afirmou que o governo tomou “todas as providências” e que o caso da gripe aviária é restrito ao município de Montenegro. “O Brasil é um exemplo para o mundo de compromisso com a questão sanitária”, declarou o vice-presidente.

O Brasil é o maior exportador mundial de frango. Em 2024, o setor movimentou mais de 5 milhões de toneladas do produto. As vendas internacionais concentram-se na China, Japão, Emirados Árabes Unidos e União Europeia.

No sábado (17 de maio), o Mapa informou ter localizado os ovos fornecidos pelo estabelecimento avícola que registrou focos de gripe aviária. Os produtos estão nos Estados do Paraná, de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

O governo confirmou na sexta-feira (16.mai) o diagnóstico de gripe aviária em uma granja de Montenegro. Em nota, informou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves, nem de ovos. O Ministério da Agricultura decretou estado de emergência zoossanitária no município gaúcho por 60 dias.

.

Fonte: Poder 360

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.