Executivo avalia participação em CPI do INSS, porém exige controle ou liderança

Senadores apresentaram opiniões distintas quanto ao apoio ao PT à investigação; buscam que o âmbito do trabalho do comitê inclua o governo de Jair Bolsonaro.

15/05/2025 18h55

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O governo Lula (PT) condicionou o apoio à instalação da CPI do INSS na Câmara, em relação à ocupação da presidência ou da relatoria do colegiado que investigará fraudes de até 6,3 bilhões de reais na autarquia. A exigência foi repassada ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que retorna ao Brasil após compromissos em Nova Iorque.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com a aprovação do governo, Motta poderia avançar na tramitação dos requerimentos de comissões parlamentares de inquérito e antecipar a instalação da CPI do INSS. Para isso, os autores de pedidos anteriores de investigações precisariam revogar suas solicitações.

Em abril, Motta recebeu da liderança a proposta de alterar o funcionamento do regimento: propunha-se “tratar” pedidos de CPIs que haviam perdido o objeto ou a relevância no contexto nacional, focando nos casos mais urgentes. Foram mencionados especificamente a investigação sobre denúncias de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó, no Pará, protocolada em março de 2024 e que não foi instalada.

LEIA TAMBÉM:

Para o governo, a CPI só tem sentido se o escopo da investigação incluir o governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com apurações da Controladoria-Geral da União e da Polícia Federal, os contratos fraudulentos no INSS teriam começado em 2019, durante a gestão do ex-presidente.

Na quinta-feira, 15, senadores do PT apresentaram divergências públicas em relação à criação da comissão. O líder do partido no Senado, Rogério Carvalho (SE), declarou que a legenda apoiará a CPI, contanto que esta não se torne um “palanque”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ele confirmou que o PL irá assinar a CPI, e nós investigaremos analisando o cronograma todos os fatos e todas as pessoas, da mesma forma que fizemos na CPI da Covid e na CPI do 8 de Janeiro.

O senador Jaques Wagner (BA) se manifestou de forma contrária. Para ele, a estrutura política já está estabelecida e a investigação deve prosseguir sob a responsabilidade da Polícia Federal, conforme já acontece.

A deputada Tabata Amaral (PSB-SP) foi considerada para a relatoria da CPI, conforme informações do portal g1, confirmadas pela CartaCapital. Contudo, assessores da congressista estimam que ela estará sobrecarregada com a presidência da comissão especial do Plano Nacional de Educação 2024-2034 (PL 2614/24), sua principal prioridade legislativa até o segundo semestre.

Fonte: Carta Capital

Ative nossas Notificações

Ative nossas Notificações

Fique por dentro das últimas notícias em tempo real!

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.