Os ministros Fernando Haddad (Agricultura) e Simone Tebet (Planejamento) anunciaram, nesta quinta-feira (22), um congelamento de R$ 31,3 bilhões no orçamento de 2025 com o objetivo de atender ao arcabouço fiscal. O corte está previsto no 1º primeiro relatório de avaliação de receitas e despesas do ano.
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O governo também anunciou que elevará o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), em busca de reforçar a arrecadação.
Este deveria ter sido o segundo relatório do ano, porém, com o atraso na aprovação do orçamento e a sanção da peça somente em abril, a primeira publicação só se tornou possível agora, em maio.
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O bloqueio somou R$ 10,6 bilhões, enquanto o contingenciamento atingiu R$ 20,7 bilhões.
O detalhamento do bloqueio por órgão será publicado na próxima semana, no Decreto de Programação Orçamentária e Financeira. Após a publicação do decreto, os órgãos terão cinco dias úteis para indicar as programações a serem congeladas.
Bloqueios são suspensões temporárias de despesas, que podem ser revertidas ao longo do exercício, e ocorrem quando as despesas são maiores do que o previsto. Já os contingenciamentos são cortes mais duradouros, quando há frustração de receitas, e são adotados quando há risco concreto de descumprimento da meta fiscal.
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A equipe econômica considerou o corte indispensável em razão do incremento nas despesas com benefícios previdenciários, que ascenderam a R$ 16,7 bilhões.
Os valores destinados a subsídios e subvenções apresentaram elevação de R$ 4,5 bilhões, notadamente devido ao Plano Safra. As despesas com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), voltado para idosos e indivíduos com deficiência de baixa renda, também cresceram em R$ 2,8 bilhões.
Essas ações possibilitaram que o governo avaliasse um resultado primário de déficit de R$ 31 bilhões, um saldo próximo à faixa inferior, que corresponde a um déficit na ordem de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).
A projeção das receitas primárias para 2025 foi diminuída em R$ 31,3 bilhões, atingindo R$ 2,899 trilhões. Por outro lado, a estimativa das receitas líquidas apresentou aumento de R$ 25,8 bilhões, totalizando R$ 2,318 trilhões.
7 em cada 10 indivíduos acreditam em utilizar inteligência artificial para tomadas de decisões financeiras.
Fonte: CNN Brasil