Executivo lança ação contra garimpeiros em terras indígenas Kayapó

De acordo com o MapBiomas, a área explorada por garimpo abrange 13.790 hectares, com 70% localizada nas proximidades de corpos hídricos.

01/05/2025 8h43

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(Imagem de reprodução da internet).

O governo federal lança, na sexta-feira (2/5), uma operação para remover garimpeiros ilegais da terra indígena Kayapó, no Pará. Estima-se que a desintrusão leve 90 dias.

A ação implementada na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) responde à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determina a remoção de invasores do território protegido desde o governo de Jair Bolsonaro (PL).

A iniciativa foi lançada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) em 2020, após o pedido de medidas do governo para combater o avanço da Covid-19 nas comunidades indígenas.

A terra indígena Kayapó abrange uma área de 3,2 milhões de hectares, distribuídos nos municípios de São Félix do Xingu, Ourilândia do Norte, Cumaru do Norte e Bannach.

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Segundo dados do MapBiomas, que reúne pesquisadores de universidades e da sociedade civil, a área garimpada é de 13,79 mil hectares, dos quais 9,6 mil estão a menos de 500 metros de algum curso d’água.

A presença de garimpeiros envolve uma estrutura organizada, com equipamentos e ligações com o crime organizado. De acordo com o governo Lula, esses invasores causam aumento do desmatamento e contaminação dos rios da região, devido ao mercúrio utilizado na mineração.

A remoção dos invasores será coordenada pela Casa Civil e pelo Ministério dos Povos Indígenas. A operação também contará com o apoio do Ministério da Justiça, da Fundação Nacional dos Povos Indígenas, da Polícia Federal (PF), do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Força Nacional, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Desde o início do governo, conforme informações do Palácio do Planalto, foram realizadas operações semelhantes nas áreas de Alto Rio Guamã (PA), Apyterewa (PA), Trincheira Bacajá (PA), Karipuna (RO) e Munduruku (PA).

Fonte: Metrópoles

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