O Ministério das Comunicações comunicou que os primeiros equipamentos para os testes de transmissão e recepção de sinal da TV 3.0 no Brasil estão em desenvolvimento. A previsão é que duas estações experimentais sejam lançadas em 2025 em São Paulo e Brasília.
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A equipe técnica do ministério planeja que o sistema opere em âmbito nacional até a próxima edição da Copa do Mundo da FIFA, em junho de 2026, ou antes.
A TV 3.0 representa uma atualização do SBTVD-T (Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre), combinando a transmissão de TV aberta com funcionalidades da internet. Em essência, converte os dispositivos de televisão em sistemas inteligentes.
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O Ministério afirma que não há planos para o encerramento do sistema de televisão digital (TV 2.0) com a implementação da TV 3.0. A mudança ocorrerá de maneira progressiva. Em áreas sem acesso à internet, o conteúdo continuará sendo transmitido via sinal aberto e gratuito, sem a necessidade de conexão online.
O que se altera.
Para visualizar o novo padrão televisivo, será preciso adquirir um conversor DTV+ ou um televisor DTV+. A equipe responsável pelo novo sistema acredita que, da mesma forma que ocorreu na implementação da televisão digital, em 2007, os fabricantes incorporarão a tecnologia necessária para a compatibilidade com a tecnologia da TV 3.0.
Para televisores antigos, será necessário um conversor, que ainda será desenvolvido pela indústria. Estes serão conectados a uma antena chamada de MIMO (Multiple-Input Multiple-Output), tecnologia que utiliza mais de uma antena tanto para transmitir quanto para receber sinais de comunicação sem fio.
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O governo está considerando a distribuição gratuita de conversores para famílias de baixa renda, similarmente ao que ocorreu na transição para a TV digital.
Os dispositivos com a capacidade adequada apresentarão uma alteração na resolução do Full HD (1.920 x 1.080 pixels) para 4K (3.840 x 2.160 pixels) ou até 8K (7.680 x 4.320 pixels).
A interface da TV 3.0 será baseada em aplicativos, permitindo que o usuário acesse o conteúdo do ar e da internet de cada emissora por meio de um aplicativo específico, diretamente na tela do televisor, da mesma forma que ocorre nas plataformas de streaming.
A equipe técnica do Ministério aponta que as discussões se concentram na modernização e na promoção da desburocratização do setor de radiodifusão.
O ministério afirmou em nota que “o governo tem avaliado continuamente a necessidade de evoluir a legislação do setor de radiodifusão para se adequar à inovação tecnológica em termos de fiscalização de publicidade e conteúdos produzidos para a TV 3.0”.
Fonte: Poder 360