Executivo prorroga benefícios fiscais para projetos de energia solar e eólica até o ano de 2030
Seis novos projetos em três estados são incorporados ao REIDI, expandindo o investimento do país na transição energética.

O governo federal autorizou benefícios fiscais para seis novos empreendimentos de geração de energia renovável no país, fortalecendo o compromisso com a transição energética. Trata-se de cinco usinas eólicas na Bahia e duas solares em Minas Gerais e São Paulo. Todos foram incluídos no REIDI – Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infraestrutura – que suspende por até cinco anos o recolhimento de PIS/Pasep e Cofins sobre produtos, serviços e obras. O maior aporte financeiro será direcionado à Bahia, com cinco parques eólicos no município de Casa Nova, operados pela Chesf. Em conjunto, as usinas totalizam 127,5 megawatts de capacidade instalada. A primeira delas, Casa Nova B, deve iniciar suas operações em agosto de 2027 e terá isenção estimada em R$ 134 milhões. Os demais quatro projetos eólicos (B, D, E e G) possuem previsão de funcionamento até 2030 e devem obter, cada um, cerca de R$ 110 milhões em isenção fiscal. Minas Gerais receberá o projeto solar UFV Xangrilá 1, da empresa Antares, com 30 MW de potência. A previsão de conclusão é março de 2029 e o investimento aprovado é de R$ 28,6 milhões. Já no interior de São Paulo, a Certare e a Concremat desenvolvem a UFV Guararapes, com 2,5 MW, prevista para operar em março de 2026.
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As ações buscam acelerar a expansão da matriz energética limpa no Brasil e diminuir a dependência de fontes fósseis e termelétricas, que ainda sobrecarregam o sistema em períodos de falta de água. O apoio financeiro aumenta a viabilidade econômica dos projetos e impulsiona o investimento privado em infraestrutura energética sustentável. Apesar do Brasil possuir uma das matrizes mais limpas do mundo, o avanço das energias renováveis ainda enfrenta obstáculos logísticos, financeiros e regulatórios. A extensão dos benefícios até 2030 oferece maior segurança para o setor planejar e executar projetos de longo prazo. Além de uma vantagem econômica, os incentivos representam um passo essencial para alcançar as metas climáticas assumidas pelo país no Acordo de Paris e se consolidar como líder global na transição energética – um papel que será cada vez mais exigido até a COP30, em Belém.
Fonte por: Jovem Pan