Exército de Israel destitui generais e impõe sanções após fracasso em 7 de outubro

Exército de Israel destitui generais e impõe sanções após o ataque do Hamas em 7 de outubro. Investigação aponta falhas sistêmicas e de inteligência. A controvérsia sobre a responsabilidade de Benjamin Netanyahu ganha força

24/11/2025 15:04

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Exército de Israel destitui generais e impõe sanções após fracasso em 7 de outubro
(Imagem de reprodução da internet).

O Exército de Israel anunciou a destituição de três generais e a imposição de sanções disciplinares contra outros oficiais de alta patente. A medida foi tomada em resposta ao fracasso em impedir os ataques do grupo islamista Hamas em 7 de outubro de 2023, o ataque mais devastador da história do país.

A decisão foi tomada duas semanas após o comandante do Exército, Eyal Zamir, solicitar uma “investigação sistêmica” sobre as falhas que permitiram o ataque dos combatentes do Hamas no sul de Israel, que resultou em 1.121 mortos.

Os generais destituídos são Aharon Haliva, chefe de inteligência militar, Oded Basyuk, comandante de operações, e Yaron Finkelman, que assumira o comando da região militar sul de Israel naquele dia. Haliva e Finkelman já haviam renunciado, assumindo a responsabilidade pela tragédia de 7 de outubro, enquanto Basyuk se aposentou após a guerra de 12 dias iniciada por Israel contra o Irã em junho deste ano.

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O comunicado do Exército afirma que os três são pessoalmente responsáveis pelo fracasso da instituição militar em prever e impedir o sangrento ataque executado pelo movimento islamista palestino Hamas a partir da Faixa de Gaza. Também foram anunciadas sanções contra os comandantes da Marinha e da Aeronáutica, além de medidas disciplinares contra outros quatro generais e vários oficiais de alta patente.

A questão agora é se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também poderá ser responsabilizado pelo fracasso em evitar os ataques. Nos últimos dois anos, Netanyahu reiterou que as falhas que levaram ao ataque deveriam ser examinadas somente após a guerra em Gaza.

Segundo as pesquisas, a maioria dos israelenses, de diferentes setores políticos, apoia a criação de uma comissão para determinar responsabilidades. O ataque do Hamas desencadeou uma guerra devastadora em Gaza, que deixou pelo menos 69.756 mortos, segundo números do Ministério da Saúde do território palestino, que a ONU considera confiáveis.

Com as restrições impostas à imprensa por Israel, que mantém um cerco sobre Gaza, e as dificuldades de acesso ao local, a AFP não tem condições de verificar de forma independente os números e as alegações das diferentes partes.

Investigação militar

No início do mês, um comitê de especialistas designado por Eyal Zamir publicou um relatório, que marcou o fim das investigações internas do Exército sobre as deficiências que levaram ao ataque de 7 de outubro. O documento destaca uma “deficiência sistêmica e organizacional de longa data” dentro do aparato militar.

A investigação também enfatizou uma “falha de inteligência” e a “incapacidade para emitir um alerta” sobre os ataques, mesmo quando o Exército tinha “informações excepcionais e de alta qualidade”. O relatório critica ainda os “processos deficientes de tomada de decisão” e a “mobilização inadequada de forças durante a noite de 7 de outubro de 2023”, assim como falhas em toda a cadeia de comando militar.

Atualmente, Israel e Hamas trocam acusações sobre violações da trégua que entrou em vigor em 10 de outubro, após dois anos de guerra. O Hamas informou nesta segunda-feira que uma delegação de “alto nível” está no Cairo para reuniões sobre a segunda fase do cessar-fogo.

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