Falência impacta loja tradicional em Curitiba, que é demolida em 2025
A Vidraçaria Cometa, uma das marcas mais icônicas do setor de vidros no Paraná, teve uma trajetória que se estendeu por várias décadas em Curitiba. Durante seu funcionamento, a loja atendia tanto residências quanto estabelecimentos comerciais. No entanto, problemas financeiros se acumularam e, em 1999, a empresa declarou falência.
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Desde então, o imóvel principal, situado na Avenida Dário Lopes dos Santos, no bairro Jardim Botânico, ficou desativado, tornando-se um símbolo de abandono urbano que ganhou notoriedade ao longo dos anos.
Demolição marca o fim de uma era
A demolição da antiga Vidraçaria Cometa teve início em 2025, encerrando a história física do local, mesmo que a falência tenha ocorrido décadas antes. A área totaliza 13.852,71 metros quadrados, com cerca de três mil metros quadrados de construção, incluindo galpões, escritórios e uma garagem.
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O imóvel foi arrematado em leilão em julho de 2024 por aproximadamente R$ 15,048 milhões, um valor consideravelmente inferior aos lances anteriores, refletindo o esvaziamento econômico da estrutura. A comunidade frequentemente mencionava o local como um ponto de ocupação irregular e uso indevido.
Causas da falência da Vidraçaria Cometa
As razões para a falência da Vidraçaria Cometa estão ligadas às intensas transformações econômicas que o Brasil enfrentou na década de 1990. A abertura do mercado, a crescente concorrência, as pressões tributárias e os altos juros contribuíram para que a empresa acumulasse dívidas, levando à falência cerca de 23 anos antes da demolição.
A massa falida da empresa chegou a vender quatro imóveis, incluindo a sede administrativa na Avenida Sete de Setembro e uma fábrica na Cidade Industrial de Curitiba, na tentativa de equilibrar suas finanças.
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Expectativas para o futuro do terreno
Após a falência, o imóvel no Jardim Botânico continuou a ser oferecido em leilões sucessivos, com o valor mínimo em 2022 ainda em R$ 22,2 milhões. Em 2024, a arrematação indicou uma queda significativa no valor de mercado. A demolição e o leilão sinalizam que o imóvel não era mais viável para preservação.
Agora, com a demolição em andamento, a atenção se volta para o que será desenvolvido no terreno. O Grupo Garcia Brasil Sul (GBS), comprador do imóvel, ainda não divulgou informações sobre seus planos para a área.