Família de Juliana Marins entra com ação na Justiça para que seja realizada nova autópsia no Brasil
Com o apoio da Prefeitura de Niterói, familiares buscam repatriar o corpo da jovem para o Brasil e solicitam revisão do inquérito de causa da morte na I…

A família da publicitária Juliana Marins, falecida após queda em trilha no vulcão Rinjani, Indonésia, moveu ação judicial pela Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ) para requerer uma nova autópsia no Brasil.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O pedido foi encaminhado à Justiça Federal com o auxílio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), vinculado à Prefeitura de Niterói.
A informação foi divulgada pela irmã da vítima, Mariana Marins, através de um perfil criado nas redes sociais para acompanhar o caso. Em contato com a CNN, ela revelou que a família ainda aguarda uma decisão da Justiça nas próximas horas e mantém confiança no Judiciário brasileiro.
LEIA TAMBÉM:
● O BOPE realizou uma operação na Serrinha, no Rio de Janeiro, com o objetivo de controlar um conflito entre facções criminosas
● Operação prende policiais militares que atuavam como seguranças privados durante o expediente no Rio de Janeiro
● “Somos piores que a milícia”, afirmavam policiais militares investigados por corrupção
Desejamos uma nova autópsia para compreender melhor o ocorrido com Juliana. Infelizmente, enfrentamos desatenção desde o início até o fim, após o acidente. Nosso objetivo é verificar se houve algo que não foi considerado ou mal interpretado na primeira autópsia, declarou Mariana.
Ela também ressaltou anteriormente a dificuldade em confirmar o voo de repatriação.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Tenta-se confirmar o voo que levará Juliana para o Brasil, ao aeroporto do Galeão. Contudo, a Emirates de Bali não deseja confirmar o voo. É falta de atenção do começo ao fim. Necessitamos da confirmação do voo da Juliana urgentemente. É preciso que a Emirates se mobilize e traga Juliana para casa!
Juliana Marins, residente de Niterói (RJ), faleceu na sexta-feira (20) após uma queda de aproximadamente 300 metros em uma trilha no Monte Rinjani, o segundo vulcão mais alto da Indonésia. A brasileira estava em uma viagem pela Ásia desde fevereiro, tendo visitado países como Filipinas, Tailândia e Vietnã.
O resgate do corpo demandou quase quatro dias em razão das condições extremas da região — incluindo neblina densa, pedras escorregadias e terreno íngreme — e foi prejudicado pela falta de recursos locais. Uma autópsia na Indonésia identificou como causa da morte um traumatismo por força contundente resultante da queda. O exame ainda espera pela conclusão dos testes toxicológicos, procedimento que pode levar até duas semanas, embora não haja suspeita de envenenamento ou uso de substâncias.
A Prefeitura de Niterói informou ter investido R$55 mil para arcar com os custos de repatriação dos restos mortais e os procedimentos funerários no Brasil. O anúncio foi feito na quarta-feira (25) e também contempla o sepultamento da jovem, que será velada em sua cidade natal.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também ordenou que o Ministério das Relações Exteriores ofereça todo o apoio necessário à família. Um decreto publicado no Diário Oficial da União autorizou o custeio do traslado de corpos de brasileiros falecidos no exterior — prática até então vetada pelas normas federais.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), anunciou que o Mirante e a Praia do Sossego, em Camboinhas, serão nomeados em homenagem a Juliana Marins. A iniciativa, segundo ele, visa manter viva a memória da publicitária e o afeto que ela sentia por aquele local.
O relato de Juliana evidenciou falhas de segurança nas trilhas do Monte Rinjani, que já contabilizou oito mortes e aproximadamente 180 acidentes desde 2020. Turistas e profissionais destacam a inexistência de sinalização, a demora no atendimento de resgate e a carência de equipamentos como causas frequentes de tragédias na região.
Fonte por: CNN Brasil