Federais dos EUA e do Brasil começam a definir as taxas de juros em cenário de incertezas

Anúncios do FGC e do Copom serão divulgados na Superquarta.

06/05/2025 3h32

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(Imagem de reprodução da internet).

A partir desta terça-feira (6) iniciarão as reuniões dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Brasil para definir os próximos passos das taxas de juros, com o resultado a ser divulgado na Superquarta.

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As reuniões acontecem em face do alto grau de incertezas globais, principalmente devido aos impactos da guerra tarifária intensificada por Donald Trump no início de abril.

Espera-se que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) determine uma nova alta na Selic, que está em 14,25% ao ano, porém em menor intensidade do que nas últimas reuniões. A decisão será divulgada após as 18h.

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Nos Estados Unidos, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), do Federal Reserve (Fed), divulga sua decisão às 15h (horário de Brasília).

O mercado majoritariamente espera a manutenção das taxas no intervalo de 4,25% a 4,5%, e aguarda o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, às 15h30, que poderá indicar novas perspectivas de cortes ao longo do ano.

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A decisão sobre a taxa Selic aguarda o anúncio do rumo a ser definido pela equipe coordenada pelo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Enquanto o Banco da Frente é guiado por dados em diversas áreas da economia americana e pela pressão de Donald Trump sobre o chefe do banco central local.

Conforme a ata da reunião do Copom de março, projeta-se um aumento da Selic inferior a 1 ponto percentual. A incerteza reside na magnitude dessa elevação e nos comentários subsequentes, normalmente publicados uma semana após a reunião do Comitê de Política Monetária.

Os dados da B3 indicam que a expectativa predominante do mercado é um aumento de 0,5 ponto percentual, elevando a taxa Selic para 14,75% ao ano. Essa seria a maior alta desde 2006.

As projeções do mercado, divulgadas pelo Boletim Focus nesta segunda-feira, indicam um aumento de 0,5 ponto nesta semana e uma nova alta de 0,25 em junho, elevando a taxa básica de juros para 15%.

Entretanto, até o final do ano, o Banco Central deverá iniciar um ciclo de cortes, diminuindo 0,25 ponto percentual e encerrando o ano de 2025 com a Selic em 14,75%.

A previsão para o próximo ano é de juros em 12,5%.

A decisão do Copom é influenciada pela incerteza da economia brasileira devido às medidas do governo federal de injetar recursos através da liberação de crédito para trabalhadores com carteira assinada, o que, por sua vez, estimula o consumo e contribui para a inflação.

Na esfera internacional, a guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não oferece respostas sobre como a economia brasileira será impactada a longo prazo, além de alterar as expectativas do desempenho das atividades norte-americanas.

A orientação da polícia econômica de Trump já foi mencionada pelo Fed como obstáculos nas atividades da autoridade monetária na busca por seus objetivos de estimular o emprego e controlar a inflação.

O republicano, em resposta, aumentou o tom, sugerindo a possibilidade de demitir Powell, o que intensificou a instabilidade dos mercados, que já se encontravam turbulentos devido à disputa comercial com a China.

Trump indicou, contudo, que vai aguardar o término do mandato do banqueiro central, previsto para o final de 2026.

A elevação dos preços dos alimentos impacta de forma mais significativa as famílias de baixa renda.

Fonte: CNN Brasil

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