Feneauto vai à Justiça contra mudanças na CNH sem autoescola, afirma presidente da entidade
Presidente da entidade defende que mudanças no trânsito devem ser feitas pelo Congresso Nacional, conforme jurisprudência da Justiça.

Feneauto planeja ação judicial contra mudanças na CNH
A Federação Nacional das Autoescolas e Centros de Formação de Condutores (Feneauto) anunciou que, assim que a nova medida do governo que elimina a obrigatoriedade das aulas de autoescola para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) entrar em vigor, o setor buscará a Justiça para contestar a decisão. Ygor Valença, presidente da Feneauto, afirmou que a única saída será a judicialização, assim que o texto final for divulgado.
Valença destacou que já existe jurisprudência que determina que mudanças no trânsito devem ser discutidas pelo Congresso Nacional. Ele lembrou que alterações anteriores, como a inclusão de simuladores e aulas noturnas, foram revogadas pelo Congresso, enfatizando que a questão não é defender as autoescolas, mas tratar o tema de maneira adequada.
Projeto de Decreto Legislativo
O deputado Coronel Meira (PL-PE) apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que visa suspender o processo de consulta pública iniciado pelo Senatran. Valença espera que esse projeto ganhe apoio suficiente para ser votado.
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O presidente da Feneauto também mencionou que o setor havia proposto uma alternativa ao governo, mas essa sugestão foi ignorada. Ele acredita que a consulta pública é apenas uma formalidade, já que o governo parece ter tomado sua decisão.
Proposta da Feneauto
Valença expressou sua perplexidade com a situação, afirmando que a mudança não representa uma modernização, mas sim um novo modelo de formação de condutores. A proposta da Feneauto inclui a criação de uma carteira social, a oferta de cursos teóricos gratuitos para inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e a redução do número de aulas práticas de 20 para 10.
Ele ressaltou que o custo total do processo cairia de R$ 1.200 para R$ 650, com alguns estados chegando a R$ 550. No entanto, Valença lamentou que o governo insiste em eliminar as autoescolas, o que resultou em uma queda drástica na procura por matrículas.
Processo de emissão da CNH sem autoescola
Os requisitos para a emissão da CNH permanecem os mesmos: o candidato deve ter pelo menos 18 anos, saber ler e escrever, ter documento de identidade e estar inscrito no CPF. Aqueles que optarem pelo curso teórico à distância poderão confirmar sua identidade digitalmente através da conta gov.br.
Após atender aos requisitos, o candidato pode solicitar a abertura do processo digitalmente, pelo aplicativo ou site do Detran de seu estado, ou presencialmente. O andamento do pedido pode ser acompanhado online pelo Registro Nacional de Carteira de Habilitação (Renach).
Etapas do processo
Após a formalização do requerimento, o candidato inicia a etapa teórica, que agora não é mais exclusiva das autoescolas. O aluno não precisa cumprir 45 horas de aula teórica, podendo escolher como e onde aprender, seja presencialmente, online ou em formato híbrido.
- Curso online oferecido pelo Ministério dos Transportes;
- Estudo em autoescolas tradicionais, presencial ou à distância;
- Escolas públicas de trânsito ou instituições credenciadas.
Após concluir o curso teórico, o candidato deve realizar a coleta biométrica no Detran de seu estado, que inclui foto, digitais e assinatura. Esse registro é essencial para dar início ao processo.
Exames e aulas práticas
O próximo passo é a avaliação psicológica e o exame de aptidão física, que devem ser agendados junto ao Detran em clínicas credenciadas. As aulas práticas não terão mais carga horária mínima obrigatória, e o candidato poderá contratar um instrutor credenciado pelo Detran.
O veículo para as aulas pode ser fornecido pelo instrutor ou pelo próprio candidato. A prova teórica continua obrigatória e deve ser agendada com o órgão de trânsito estadual, podendo ser realizada presencialmente ou online.
Exame prático e CNH
O exame de direção também é obrigatório e deve ser agendado com o Detran. O candidato começa com 100 pontos e deve terminar com pelo menos 90 para ser aprovado. Se não for aprovado, pode remarcar a prova.
Quem for aprovado no exame prático receberá a Permissão para Dirigir (PPD), válida por um ano. Durante esse período, o motorista não pode cometer infrações graves ou gravíssimas. Se não houver penalidades, a CNH definitiva será emitida automaticamente ao final do prazo.
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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