Festival Internacional de Muralismo encerra na Venezuela, com o objetivo de narrar a história e debater a cultura latino-americana

O Festival Internacional de Muralismo Ciudad Mural encerra nesta terça-feira (5) no estado de Táchira, região noroeste da Venezuela. O evento reúne artistas de diversos países na localidade de La Grita, município de Jauregui, e teve início em 30 de julho.

A proposta é criar murais a partir da arte urbana, com a colaboração do público. Os artistas empregaram grafite e stencil, buscando representar a vida latino-americana e, nesta fase, as tradições andinas. A próxima edição do evento ocorrerá na semana seguinte, na Ilha Margarita, e contará com a participação do artista brasileiro Fernando Sawaya.

Além da recepção dos convidados, o festival disponibilizou oficinas, discussões e cursos de fotografia, escrita criativa, serigrafia e desenho. Foram conduzidos também debates com os artistas para abordar a cultura venezuelana e sul-americana. O objetivo é que os murais representem uma intervenção artística imediata na cidade, enquanto os debates educativos estimulem uma reflexão sobre a arte local.

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O Ciudad Mural é um festival itinerante que acontece anualmente em diversos estados da Venezuela. O evento é organizado por organizações não governamentais e movimentos populares, com apoio da Vice-Presidência de Assuntos Religiosos do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), da Governança do Estado de Táchira e, nesta edição, pela prefeitura do município de Jáuregui.

O prefeito de Jauregui, Juan Carlos Escalante, agradeceu aos organizadores por terem incluído La Grita no circuito Ciudad Mural. Para ele, a existência de um mural fora das galerias é relevante.

Almejavam ser uma cidade com uma galeria ao ar livre. Isso contribui para promover a cultura local e reforça o nosso compromisso com os artistas. Trata-se de um espaço de encontro e celebração, onde arte e cultura se unem para criar uma experiência singular. Um lugar onde história, devoção e arte se entrelaçam para proporcionar uma experiência transformadora, declarou na abertura do evento.

O festival já percorreu 13 cidades, com 180 murais em diversos locais do país. A proposta é que os habitantes de cada cidade apresentem sugestões e atuem como responsáveis pela criação das obras, com base na representação dos espaços onde residem. A primeira edição foi realizada em Clarines, no estado de Anzoátegui, como um projeto experimental da iniciativa.

Reinaldo Mijares é organizador do Ciudad Mural e acredita que a relevância dessas atividades reside na troca de experiências com o povo local. Para ele, percorrer as cidades venezuelanas também é uma oportunidade de conhecer um pouco da história e da cultura de cada região do país.

É fundamental que saímos daqui com conhecimento sobre La Grita e suas características, sua cultura. Ao participar e discutir a cultura, o povo local não apenas nutre a alma dos artistas, mas também reforça a relevância de nossa atividade que abrange diversas cidades venezuelanas.

Fonte por: Brasil de Fato