Cotidiano

Filha de policial foi detida por usar ponto eletrônico, câmera e receptor durante um concurso


Filha de policial foi detida por usar ponto eletrônico, câmera e receptor durante um concurso
(Foto Reprodução da Internet)

No último domingo (26), a filha de um policial foi presa em flagrante sob suspeita de usar dispositivos ilegais durante um concurso público para investigador em São Paulo. Nadine Novello Conde Carlos, de 31 anos, foi detida pela Polícia Civil após fiscais do concurso notarem comportamento suspeito durante a prova, realizada na Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista.

Os fiscais observaram que a candidata estava agitada, mexendo constantemente no casaco e olhando para diferentes direções. Ao se aproximarem da carteira dela e solicitarem que retirasse o casaco, ela recusou, levando a coordenação a intervir. Nadine pediu para ir ao banheiro, e ao sair da sala, foi seguida pela coordenação, que utilizou um detector de metais em sua roupa, resultando em sinal sonoro. Nadine foi indiciada por fraude e associação criminosa.

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Posteriormente, constatou-se que na manga do casaco havia uma câmera semelhante àquelas usadas em conversas por webcam. De acordo com o boletim de ocorrência, Nadine posteriormente revelou que o receptor do sinal da câmera estava escondido dentro de sua calça, enquanto o ponto eletrônico estava oculto no sutiã.

A candidata permaneceu em silêncio na Cerco

A Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) da 3ª Delegacia Seccional Oeste foi acionada pela coordenação e pelos fiscais do concurso. Ao chegarem ao local, questionaram Nadine sobre quem a havia contratado para cometer a fraude, quanto ela havia recebido em dinheiro por isso e quantas pessoas estavam envolvidas no esquema criminoso.

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No entanto, Nadine optou por não responder, mantendo-se em silêncio. Ela aguardará uma audiência de custódia na Justiça, que determinará se permanecerá detida ou responderá aos crimes em liberdade.

A equipe de reportagem está tentando entrar em contato com a defesa de Nadine e com a Vunesp, a organizadora do concurso, para obter comentários sobre o assunto.

O caso foi registrado no plantão do 91º Distrito Policial (DP), Ceasa. A investigação será conduzida pelo 23º DP, Perdizes. A Polícia Civil irá apurar se há mais pessoas envolvidas nos crimes. As penas para fraude variam de um a quatro anos de prisão, enquanto a associação criminosa prevê punição de até três anos de reclusão.

O pai de Nadine é um investigador do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) em São Paulo. A reportagem tentou contatar a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para questionar se ele será alvo de investigação, mas a pasta não respondeu à solicitação.

A investigação utilizará câmeras de segurança para determinar quem levou Nadine até a Universidade Paulista (Unip), na Avenida Marques de São Vicente, onde ela realizaria a prova para a vaga de investigador da Polícia Civil.

Além dos objetos encontrados com Nadine, como o ponto eletrônico, câmera e receptor, o Cerco também apreendeu o celular dela. Mesmo que o aparelho não tenha sido utilizado durante a prova, ele será submetido a perícia, juntamente com os demais objetos.

As autoridades estão investigando se Nadine pretendia ou filmou a prova para que outras pessoas pudessem realizá-la fora da universidade. Posteriormente, o grupo poderia repassar as respostas por meio do ponto eletrônico.


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