João Zambelli, filho da deputada Carla Zambelli (PL-SP), afirmou não ter conseguido manter contato com a mãe, que deixou o Brasil e teve sua prisão decretada. Ele criticou a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes de ordenar o bloqueio das redes sociais da congressista, da mãe dela, Rita Zambelli, e do próprio João.
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Em vídeo publicado em perfil recém-criado no Instagram, o adolescente de 17 anos declarou estar passando por um período de tristeza e inconformismo. Ele relatou não conseguir dormir e expressou preocupação com a possibilidade de ele e a avó serem detidos.
Ele alega, na intenção do ministro Alexandre de Moraes, de acabar com a carreira da minha mãe, de retirar seu mandato e prendê-la por 15 anos, que agora o persegue. Ele persegue também a minha avó. Ele persegue toda a família Zambelli.
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Ele afirmou que a avó completa 75 anos, enfrenta questões de saúde e recebe apenas o valor da aposentadoria. Declarou que, “quem mantinha a minha avó era a minha mãe. Ela mora com a gente no único apartamento que minha mãe tem em nosso nome, vamos dizer assim, que é o apartamento funcional da Câmara”.
O filho da congressista declarou que toda a família sofrerá impactos “por essa perseguição”. Ele indagou sobre onde ele e a avó residirão caso Zambelli perca o mandato e precise deixar o imóvel público, e como garantirão sua subsistência.
Ele afirmou: “Se alguém quiser cassar o mandato da minha mãe, onde nós iríamos morar? Para onde iríamos ficar? Com o salário de aposentadoria da minha avó? Com 75 anos? Que serviço ela conseguiria arrumar? Que trabalho eu conseguiria fazer com 17 anos? Como seria possível nos sustentarmos?”
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Moraes determinou na quarta-feira (4.jun) a prisão de Carla Zambelli. A decisão ocorreu após ela comunicar que deixou o Brasil após ser sentenciada a 10 anos de reclusão por invasão de sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e falsidade ideológica. A decisão responde a um pedido da PGJ (Procuradoria Geral da República).
A Interpol incluiu na quinta-feira (5.jun) a deputada na lista de difundir vermelha a pedido de Moraes. Com isso, a congressista passa a ter o seu nome divulgado como foragida internacional e pode ser presa no exterior.
“O que eu fiz de errado? Não consigo entender. Não consigo entender o que nós fizemos de errado. Não consigo entender isso. O que a minha avó fez para merecer isso?”, questionou João.
Ele relatou que se revira na cama durante a noite por não conseguir dormir devido à preocupação com a mãe. “Eu, sem contato com a minha mãe, não consigo falar com ela”, declarou.
João questionou se ele e a avó seriam presos. “Eu fico me perguntando isso. Se a gente vai para o mesmo lugar onde as pessoas do 8 de Janeiro foram”, afirmou.
Fonte por: Poder 360