Filhos podem ter mantido seu pai morto em casa por um período de dois anos
Investigação com exame do IML aponta que corpo encontrado na Ilha do Governador pode estar no local a partir de 2022; filhos sob suspeita de ocultação e fraude.

Um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) indicou que o corpo de Dário Antonio Raffaele D’Ottavio, com 88 anos, localizado em estado de esqueleto em sua residência na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, possivelmente permaneceu no local por até dois anos.
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A informação foi confirmada pela 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador), que está conduzindo as investigações.
As conclusões periciais coincidem com os relatos das testemunhas, que relataram não ter visto o idoso há aproximadamente dois anos, confirmando a possibilidade de o corpo ter permanecido no imóvel por um longo período.
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Irmãos encontram corpo do pai e ocultam a descoberta.
A CNN examinou o corpo, constatando que os tecidos moles estavam presentes apenas nos pés e mãos, além de áreas da pele ressecadas na região das costas. Não foram identificados sinais de decomposição ativa nem insetos vivos, o que indica que o cadáver estava no local há, no mínimo, seis meses – podendo atingir até dois anos, considerando o estágio de decomposição.
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A ocorrência foi registrada em 21 de maio, no bairro do Cocotá, na zona norte da cidade. A polícia foi notificada após relatos de vizinhos sobre o desaparecimento do idoso há muito tempo. Durante a execução de um mandado de busca e apreensão para investigar a situação, os policiais localizaram o corpo em um dos cômodos da residência, em estágio avançado de decomposição.
Marcelo Marchese D’Ottavio e Tânia Conceição Marchese D’Ottavio foram detidos sob suspeita de ocultação de cadáver, resistência à prisão e lesão corporal. Marcelo confrontou fisicamente um policial, enquanto Tânia tentou impedir a prisão, praticando agressões contra os agentes.
A polícia investiga a suspeita de que os filhos ocultaram o corpo para manter o recebimento dos benefícios financeiros do pai. Na operação, os agentes apreenderam diversos bens recentes, o que sustenta a hipótese de fraude.
Marcelo D’Ávito encontra-se internado no Hospital Psiquiátrico Philippe Pinel, e sua irmã foi encaminhada para a custódia da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). O Judiciário ainda espera os resultados de exames de avaliação mental requisitados pelos investigadores.
O caso permanece sob investigação. A causa da morte ainda não foi definida, e exames complementares estão sendo realizados no Instituto Médico-Legal.
Fonte por: CNN Brasil