Filipe Martins afirma que o nome em voo presidencial pertencia a um homônimo

Ex-chefe de assessoria de Bolsonaro desmenti a acusação de tentativa de fuga e afirma que a Polícia Federal cometeu erro ao vinculá-lo a uma viagem aos …

24/07/2025 15h51

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(Imagem de reprodução da internet).

O ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, afirmou, em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 5ª feira (24.jul.2025), que não embarcou no voo da comitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com destino aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022. Ele alegou que o nome que consta na lista de passageiros seria de um “homônimo”.

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A declaração foi proferida durante o depoimento no processo em que Martins é réu, acusado de integrar o denominado núcleo 2 da tentativa de golpe de Estado. O grupo teria atuado para disseminar desinformação e atacar instituições democráticas.

É provável que se trate de um homônimo. Havia duas versões da lista e, na segunda — que seria a versão final — meu nome não constava. […]. Teve, sim, pessoas que acompanharam o presidente, mas meu nome não constava nessa viagem, declarou Filipe Martins.

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Bolsonaro viajou para Orlando “e levou uma comitiva presidencial” em 30 de dezembro de 2022. A PF utilizou uma lista de passageiros encontrada com o ex-ajudante de ordens Mauro Cid para fundamentar a prisão preventiva de Martins, alegando que ele estava foragido.

O delegado Fábio Shor informou que o passaporte de Martins, alegadamente extraviado por ele, foi registrado pelas autoridades americanas. Para o delegado, existem indícios de que o ex-assessor tentou prejudicar as investigações.

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Identificou-se um registro de entrada nos Estados Unidos relacionado à comitiva presidencial. Utilizou-se um passaporte que Filipe Martins alegou ter perdido, e este foi empregado para entrar nos EUA no dia da chegada da comitiva. O registro no sistema americano indicava hospedagem no mesmo hotel em que se hospedava Jair Bolsonaro, então presidente. Tudo aponta para que essa entrada nos Estados Unidos foi fraudulenta, afirmou Shor.

Lembre-se do ocorrido.

Filipe Martins foi detido em 8 de fevereiro de 2024, durante a operação Tempus Veritatis. Sua libertação ocorreu em agosto, por ordem de Alexandre de Moraes.

A Polícia Federal não apresentou provas definitivas dessa viagem de Martins aos Estados Unidos. Pelo contrário. A defesa do acusado demonstrou evidências sobre a ocorrência de uma fraude em registros do que a PF alegava ser a entrada dele nos EUA.

A companhia aérea Latam divulgou uma declaração (integral – PDF – 88 kB) afirmando que Martins embarcou de Brasília para Curitiba em 31 de dezembro de 2022 — o que desmentia a possibilidade de ele ter deixado o país no dia anterior.

A Polícia Federal também alegava, ao solicitar a prisão de Martins, que ele estava foragido. Contudo, o ex-assessor estava no Paraná, em local conhecido e até publicava imagens em redes sociais. No entanto, a prisão foi decretada e o ex-assessor ficou detido por quase sete meses.

Núcleo 2 do “Golpe”

Os réus do núcleo 2 são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e participação em organização criminosa armada.

A acusação da PGR define esse grupo como responsável pela gestão do plano “golpista”. O núcleo teria sido responsável por “coordenar as ações de monitoramento e neutralização de autoridades públicas”.

Integramo o núcleo.

Fonte por: Poder 360

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