As marinhas das Filipinas e da Índia conduziram, no domingo (3.ago.2025) e na segunda-feira (4.ago), sua primeira patrulha naval conjunta no Mar do Sul da China Meridional. A operação ocorreu na zona econômica exclusiva filipina, reivindicada por Pequim.
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O exercício foi realizado durante a visita oficial de cinco dias do presidente filipino Ferdinand Marcos Jr. e visava fortalecer a cooperação militar entre os dois países, considerando as disputas territoriais com a China na região. As informações são da Al Jazeera.
A missão contemplou três navios da Marinha indiana: o destróier INS Delhi, o navio-tanque INS Shakti e a corveta INS Kiltan, juntamente com duas fragatas filipinas: BRP Miguel Malvar e BRP Jose Rizal.
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O comandante do Estado-Maior das Filipinas, Romeo Brawner Jr., declarou que a operação ocorreu sem incidentes. “Não houve nenhum incidente indesejado, mas ainda há aqueles nos observando, como já esperávamos”, afirmou. Ele ressaltou que a patrulha “envia um poderoso sinal de solidariedade, força na parceria e energia de cooperação entre duas vibrantes democracias no Indo-Pacífico”.
Rota estratégica
O Mar do Sul da China é uma das rotas marítimas mais estratégicas do mundo, por onde transitam aproximadamente US$ 3 trilhões em comércio anualmente. Mesmo com uma decisão de 2016 do tribunal arbitral internacional, que classificou como ilícitas as reivindicações territoriais da China, Pequim não reconhece o veredicto e mantém uma forte presença militar na região.
Na segunda-feira (4 de agosto), o Ministério das Relações Exteriores da China comunicou que suas forças também realizaram patrulhas na área. Um porta-voz do Comando do Teatro Sul classificou a ação chinesa como “rotineira” e criticou a patrulha conjunta de Filipinas e Índia por supostamente “perturbar a paz e a estabilidade regionais”.
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Na semana passada, o Ministério da Defesa Nacional da China já acusou as Filipinas de serem “causa de problemas” por se aliar a forças estrangeiras nas águas que Pequim considera parte de seu território. O porta-voz Zhang Xiaogang declarou: “A China nunca cederá em sua determinação e protegerá a soberania territorial nacional e os direitos e interesses marítimos, e tomará medidas decisivas contra qualquer provocação do lado filipino.”
A viagem de Marcos à Índia visa fortalecer a cooperação mútua nos setores de defesa, produtos farmacêuticos e agricultura. O governo chinês sustenta que conflitos territoriais e marítimos devem ser solucionados unicamente pelos países diretamente interessados, sem intervenção externa.
Fonte por: Poder 360