Economia Mundial Apresenta Cenário de Recuperação com Desafios Persistentes
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou nesta quarta-feira (8) que a economia mundial tem se comportado “melhor do que o esperado, mas pior do que o necessário”. A avaliação reflete a complexidade do cenário global, onde a recuperação econômica tem sido acompanhada de incertezas e desafios contínuos. A declaração foi feita em um evento em Washington, que marca o início das reuniões do FMI e do Banco Mundial, com a agenda principal a ser definida na próxima semana.
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Crescimento Global e a Nova Normalidade
Georgieva antecipou que o próximo relatório de perspectivas econômicas mundiais do FMI indicará um crescimento global “apenas levemente mais lento” para este e o próximo ano. Essa projeção considera a capacidade do mundo de “superar múltiplos impactos agudos”, como a guerra tarifária, que, por enquanto, não evoluiu para uma guerra comercial em larga escala.
Impacto das Tarifas e Recomendações
A diretora-gerente ressaltou que as tarifas impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tiveram um impacto menor do que o previsto. A situação indica que, até o momento, não houve um conflito comercial em larga escala entre os países. No entanto, Georgieva alertou para a persistência da incerteza, que se tornou “a nova normalidade”, tanto para os países desenvolvidos quanto para os em desenvolvimento, que necessitam de melhores oportunidades.
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Foco na União Europeia e Desafios Internos
Georgieva solicitou à União Europeia que avance na consolidação de seu mercado único e da união financeira. Ela citou a diferença entre as “megaempresas” americanas e os líderes empresariais europeus, que, em sua visão, parecem menos influentes. A diretora-gerente recomendou que a Alemanha aumentasse os gastos fiscais e os investimentos em infraestrutura.
Recomendações para a China e Alerta Global
Quanto à China, Georgieva sugeriu uma limpeza do mercado imobiliário e destacou a importância da depreciação real da moeda do país, que contraria os esforços de equilibrar o crescimento. A diretora-gerente enfatizou a necessidade de trabalhar para melhorar o crescimento, reparar as finanças públicas e enfrentar os desequilíbrios econômicos internos. Um “choque corretivo” com condições financeiras mais restritivas poderia colocar em risco a economia mundial, segundo o alerta de Georgieva.
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