Fraude no INSS: Wolney afirma que “criminoso invadiu a residência” entre 2019 e 2022
O ministro da Previdência justificou suas declarações defendendo o governo atual, afirmando que foi a gestão de Lula quem pôs “fim à despesa” do INSS.

O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, que participa nesta quinta-feira (15) de audiência na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor do Senado Federal, afirmou que o “ladrão” entrou na casa, referindo-se ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), entre 2019 e 2022, no governo de Jair Bolsonaro (PL).
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Foi precisamente nesse período, entre 2019 e 2022, que o fraudador entrou na casa, devido ao fim da revalidação e à expectativa prévia da mesma, o que fez com que 11 empresas se credenciassem no INSS. Essas empresas, que agora identificamos, durante a operação, eram 100% fraudulentas, sendo a maior parte delas estabelecida nesse período.
Wolney foi convidado para fornecer informações sobre as fraudes envolvendo descontos não autorizados nas contas de aposentados e pensionistas no INSS.
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Nesse período, consolidaram-se, obtiveram o credenciamento, o acordo de cooperação técnica com o INSS e iniciaram suas operações. Paralelamente, era discutida na Câmara a revalidação anual, e em 2022 se decidiu interrompê-la. Essas empresas, a partir de 2023 e 2024, passaram a realizar uma grande quantidade de descontos não autorizados, o que elevou esse número em 23 e 24, que detectamos após a atuação da AGU. Prosseguiu Wolney.
O ministro ainda se defendeu do governo, afirmando que foi a gestão de Lula quem pôs termo ao desperdício do INSS.
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“Essas fraudes não começaram agora, mas terminaram neste governo. Foi o nosso governo, foi o governo do presidente Lula, foi uma decisão do governo que mandou chamar a polícia, que deflagrou a operação, que desmantelou essa gangue que roubava os aposentados. Foi o nosso governo então que pôs fim aquela farra e está tomando as providências para preservar os aposentados e para punir exemplarmente cada um e cada um dessas associações e pessoas físicas, presidentes, ligados aquele momento terrível pelos quais passaram os nossos aposentados”.
Em 6 de maio, o INSS iniciou uma investigação interna envolvendo 12 empresas suspeitas de irregularidades com os recursos de aposentados e pensionistas.
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União informaram que sindicatos e entidades associativas arrecadaram aproximadamente R$ 6 bilhões em descontos associativos no período de 2019 a 2024.
O escândalo resultou na queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.
Sob a supervisão de Renata Souza, da CNN.
Fonte: CNN Brasil