Está mais próximo de se tornar realidade o transplante de órgãos de animais em humanos. Depois que o rim de um porco geneticamente modificado funcionou normalmente dentro do corpo de um homem com morte cerebral por um período de dois meses, essa esperança foi renovada.
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A partir de 2024, corações de porcos poderão ser transplantados em bebês humanos por uma empresa.
Transplantes podem ser revolucionados por rins humanizados criados em porcos.
Ajuda de implante para monitorar a rejeição de órgãos transplantados
É possível se tornarem realidade os transplantes de órgãos de animais em humanos?
Foi o máximo de tempo que se registrou para um rim de porco geneticamente alterado funcionando em um ser humano, mesmo que este já estivesse morto.
Nesta quarta-feira (13), o experimento foi concluído. O órgão foi removido do animal pelos médicos e o corpo humano foi entregue para a prática de cremação.
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, agora receberá um relatório do procedimento pelos cientistas envolvidos.
A meta é obter uma aprovação para a realização de testes semelhantes em humanos vivos.
Da Medical Xpress são as informações.
Promissores têm se mostrado os testes
Por décadas, as tentativas chamadas de xenotransplante falharam. O problema principal é que tecidos animais estranhos são imediatamente destruídos pelo sistema imunológico humano. No entanto, testes com porcos que foram geneticamente modificados aparentam ser promissores.
Evitaram um ataque imunológico imediato alguns experimentos curtos. Tentaram salvar um homem transplantando um coração de porco nele, no ano passado, cirurgiões da Universidade de Maryland. Sobreviveu apenas dois meses o paciente, pois o órgão falhou por razões que ainda não estão completamente claras.
Em 14 de julho deste ano ocorreu o transplante do rim geneticamente modificado. O primeiro mês após o transplante transcorreu sem qualquer indício de complicações, com o órgão funcionando adequadamente.
Porém, pouco tempo depois, foi notado pelos médicos uma pequena redução na produção de urina pelo organismo humano. Um procedimento de biópsia confirmou o início de um cenário de rejeição. O rim retomou a funcionabilidade normal após o uso de fármacos especificados pelos profissionais da saúde, e se manteve em funcionamento por um mês adicional.
Cerca de 180 amostras de tecidos diferentes foram coletadas pelos pesquisadores, originários de todos os órgãos principais, gânglios linfáticos e trato digestivo, para buscar qualquer indicação de problemas vinculados ao transplante. Cientistas advertem que experimentos em indivíduos falecidos não conseguem prever que os órgãos atuarão igualmente em seres vivos. Entretanto, esses experimentos podem gerar dados valiosos, que serão analisados nos meses vindouros.