Galípolo afirma que existe “flexibilidade e cautela” para a próxima decisão em relação às taxas de juros

O chefe do Banco Central afirma que empregará todos os esforços para evitar a desvalorização do real; declara que comparecerá à próxima reunião do Comitê de Política Monetária com “alternativas disponíveis”.

07/06/2025 15h25

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou no sábado (7.jun.2025) que a autarquia monetária está avaliando informações para determinar o rumo das taxas de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Destacou que existe “flexibilidade e cautela” para a decisão.

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Galípolo declarou que o nível atual da taxa Selic é “incômodo e desconfortável” e afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) possui “boa vontade” para debater uma reforma estruturante para a economia.

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Diante da incerteza existente, a conduta adequada é expressar como você irá reagir e não o que você irá fazer. Sei, juros altos é incômodo, é desconfortável, mas somos um país que tem a certeza de que o Banco Central vai defender nossa moeda e não vai deixar nossa moeda perder valor. É um ativo muito importante.

A taxa Selic está em 14,75% ao ano. A decisão foi tomada pelo Copom na reunião de 07 de maio de 2025.

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Galvão explicou que flexibilidade significa que a diretoria do Banco Central tem opções em aberto para a próxima reunião do Copom, marcada para 17 e 18 de junho. E disse que cautela se dá pela elevada incerteza econômica no mundo, não apenas no Brasil. “Nesse ambiente não é normal nem esperado que se façam movimentos bruscos”.

Política fiscal

O presidente do BC declarou que as discussões sobre os gastos do governo federal devem ser realizadas por todos para que haja avanço com uma agenda estrutural. “A disposição apresentada pelo presidente da Câmara, pelo presidente do Senado, junto com diversos ministros e com o próprio presidente Lula de discutir essa agenda estrutural é uma ótima notícia”, afirmou.

Galípolo afirmou que o debate também precisa ser construído com a sociedade. “Se não trouxeremos esse debate para a luz do sol e não entendermos quais são os trade-offs, e a sociedade brasileira não fizer essa escolha e apoiar, a gente não vai conseguir abraçar. Não dá para tirar esse band-aid sem dor. Precisamos ter a coragem, ainda que o BC seja uma autarquia autônoma e não faça política”, disse.

O diretor da autarquia declarou que percebeu uma “disposição positiva” de Lula para “se sentar e discutir” o tema. “Navemos um período em que podemos utilizar esse acordo [a abertura dos presidentes das Casas do Congresso para conversar] para alcançar as reformas que são indispensáveis”, afirmou.

A jornalista viajou por convite da Esfera Brasil.

Fonte por: Poder 360

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