O presidente do BC, Gabriel Galípolo, e o diretor de política econômica do banco, Diogo Guillen, realizarão uma entrevista coletiva na sede da instituição em Brasília, nesta 5ª feira (26.jun.2025).
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O evento ocorre em consonância com a publicação do Relatório de Política Monetária, que apresentará revisões das projeções da autoridade monetária para a atividade econômica, o mercado de crédito, o setor externo e o cenário inflacionário.
A taxa Selic aumentou.
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Em 18 de junho, o Banco Central aumentou a taxa básica de juros (Selic) em 0,25 ponto percentual, elevando o indicador de 14,75% ao ano para 15% ao ano. A decisão foi unânime.
A taxa básica de juros está no nível mais elevado desde junho de 2006, quando atingia 15,25% ao ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrava-se na fase final de seu primeiro mandato naquele ano.
Esta é a sétima alta consecutiva promovida pelo Banco Central. Contudo, observou-se uma redução no patamar dos incrementos. O aumento anterior foi de meio ponto percentual. A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influencia diretamente as taxas cobradas em empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, afeta o rendimento de aplicações.
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A grande parte dos economistas, assessorias e companhias financeiras previa a manutenção da taxa em 14,75%, conforme Banco Itaú e XP Investimentos. Esse cenário não se concretizou. Contudo, alguns agentes projetavam um aumento de 0,25 ponto percentual, como o banco ABC Brasil.
A elevação da taxa Selic foi alvo de críticas por parte de representantes do setor industrial, políticos e ministros do governo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), classificou a medida como “incompreensível”, sem fazer referência ao presidente do Banco Central, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), manifestou preocupação com o nível da Selic. Em tom crítico, Haddad declarou que a taxa básica de juros é “muito restritiva” e “muito acima da inflação projetada”. Contudo, o ministro reduziu a importância da decisão tomada pelo Banco Central.
A alta foi contratada na última reunião, na qual participou Roberto Campos [Neto, ex-presidente do BC], em dezembro [de 2024]. Trata-se de uma “guidance”, como se estivesse estabelecendo uma contratação futura da taxa […]. Não dá para dar um “cavalo de pau” em política monetária. Você vai perder credibilidade, o manche da economia. Tem que ter muita cautela, declarou em entrevista à Record. “Estamos num começo de um mandato [de Galípolo], que carrega a memória do anterior [Campos Neto]. Ainda precisamos dar um pouco de tempo ao tempo”, concluiu o ministro.
Fonte por: Poder 360