Galípolo manifesta-se contrário à elevação do IOF como instrumento de arrecadação
O chefe do Banco Central manifestou preocupação acerca dos impactos da medida no mercado, notadamente pelo risco de ser vista como uma forma indireta de controle da taxa de câmbio.

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, declarou ser contrário ao aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
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A declaração foi feita após o governo federal anunciar alterações nas normas do IOF, por meio de decreto, com o objetivo de aumentar a arrecadação.
O Ministério da Fazenda projeta arrecadar mais de 60 bilhões de reais em dois anos, com R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026.
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Galípolo destacou que sua oposição ao aumento do imposto não é recente. Ele afirmou já ter manifestado seu descontentamento com a medida em conversas anteriores, quando exercia o cargo de Secretário-Executivo da Fazenda.
Ele declarou que, em discussões anteriores, sempre se mostrou contrário à utilização do IOF como instrumento para alcançar a meta fiscal, expressando sua desaprovação em relação à proposta.
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O chefe do Banco Central manifestou preocupação acerca dos impactos da medida no mercado, notadamente pelo risco de ser vista como uma forma indireta de controle cambial.
Sua antipatia e resistência ao uso da alíquota do IOF como expediente para atingir a meta fiscal decorrem justamente desse receio que você apontou (possível controle cambial), explicou.
O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em coletiva de imprensa para justificar a medida, declarou que não se busca controlar a valorização do dólar e que não há intenção de realizar intervenções no mercado cambial.
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Fonte: CNN Brasil