Garnier assegura que disponibilizou tropas para Bolsonaro

Ex-comandante do Exército declarou, em depoimento na segunda-feira (19), que não considerou “qualquer conluio” a conduta do ex-chefe da Marinha.

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(Imagem de reprodução da internet).

No depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após as eleições de 2022, o tenente-coronel Baptista Jr. assegurou que Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, colocou militares à disposição de Bolsonaro.

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Segundo ele, em uma das reuniões realizadas para discutir possíveis medidas a serem adotadas, o ex-comandante teria esclarecido a disposição.

Em uma dessas reuniões, eu tenho uma visão muito passiva do Garnier nessas reuniões (…). Em uma dessas ele falou que as tropas da Marinha estariam à disposição do presidente, afirmou Baptista Jr.

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Na segunda-feira (19), o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, também compareceu para dar seu depoimento, afirmando que não considerou como “qualquer conluio” a conduta de Garnier.

Tivemos várias reuniões, sendo que cada um manifestava sua opinião quando solicitado pelo presidente. Eu me concentrei em ser franco com o presidente. O brigadeiro Baptista Junior se opôs a tudo naquele momento. Por ter sido muito enfático, o ministro da Defesa, se me lembro, permaneceu em silêncio. E o Garnier não interpretou isso como qualquer conluio, afirmou na ocasião.

Baptiste Jr. é um dos militares que se opôs a quaisquer tentativas de golpe que possam ter sido consideradas por membros do governo Bolsonaro.

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Declarou, em seu depoimento de quarta-feira (21), que um documento da “minuta do golpe” foi apresentado em uma dessas reuniões.

Ao entrar, fui o último a chegar, o Garnier estava de costas, entrei e me sentei ao lado dele e a reunião começou imediatamente. Paulo Sérgio disse: trouxe aqui um documento para vocês verem. Não lembro se ele falou que era estado de defesa ou de sítio.

Ele declarou ter trazido um documento para vocês avaliarem. Questionei: o documento prevê a renúncia do presidente eleito? Se sim, eu não admitiria sequer recebê-lo, levantei e parti.

O antigo comandante foi apontado como testemunha pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e pelas defesas de Jair Bolsonaro (PL), do ex-comandante da Marinha Almir Garnier e do ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira.

Fonte: CNN Brasil

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