A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu nesta quinta-feira, 22, o depoimento de oito testemunhas apontadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), no processo por tentativa de golpe. Dentre eles, o general Júlio Cesar de Arruda, que liderava o Exército em 8 de janeiro de 2023 e foi desligado do cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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A sua exoneração do cargo foi formalizada em 21 de janeiro de 2022, pouco depois dos ataques bolsonaristas à Praça dos Três Poderes. Na época, tornou-se evidente o descontentamento do governo com a atitude branda dos militares, liderados por Arruda, em relação aos acampamentos próximos aos quartéis em apoio ao país. Após o dia 8 de Janeiro, membros do primeiro grupo do governo também criticaram a participação de militares nos atos golpistas.
As relações, sobretudo no Comando do Exército, apresentaram uma ruptura em um patamar de confiança e acreditávamos que era necessário interromper isso rapidamente para solucionar esse incidente, afirmou, na ocasião, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro.
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Arruda foi designado interinamente para liderar o Exército em 28 de janeiro de 2022, durante a transição de governo, enquanto Bolsonaro exercia a presidência. Anteriormente, ele exercia a direção do departamento de Engenharia e Construção da corporação.
Os depoimentos nesta quinta-feira começam às 8h. Além de Arruda, outros sete militares indicados por Mauro Cid como testemunhas de defesa serão ouvidos nesta quinta-feira. No total, são quatro generais, um coronel, dois capitães e um sargento do Exército.
Fonte: Carta Capital
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