O ex-deputado norte-americano George Santos, filho de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos, iniciará a execução da sentença de 7 anos e 3 meses de prisão por fraude e roubo de identidade nesta sexta-feira (25.jul.2025). O ex-congressista se rendeu às autoridades em uma prisão em Fairton, no Estado de Nova Jersey.
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Antes de ser preso, o político de Nova York continuou a publicar mensagens no X (antigo Twitter) e vídeos na plataforma Cameo. “Aos meus apoiadores: vocês fizeram este sujeito polêmico valer a pena. Aos meus críticos: obrigado pela imprensa livre. Posso estar deixando o palco (por enquanto), mas acreditem, lendas nunca saem de verdade”, declarou.
Em 2022, Santos foi eleito para o Congresso dos EUA. No início de seu mandato, o deputado enfrentou alegações de ter adulterado informações sobre sua formação acadêmica e experiência profissional. Em maio de 2023, ele foi acusado de 13 acusações, que compreendiam informações falsas em documentos financeiros e fraudes em campanhas políticas.
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No final de 2023, o ex-deputado republicano foi destituído da Câmara dos Representantes, admitiu os crimes, declarou-se “arrependido”, expressou-se “humilhado” e “castigado” pelas suas ações, e teve que pagar US$ 580 mil em multas.
Apesar da aparente arrependimento, o ex-congressista registrou vídeos no Cameo com contagem regressiva até o dia de sua prisão, além de publicar comentários ironizando a situação. Uma das juízas que conduzia o caso não aceitou reduzir a pena por não acreditar na mudança de postura de Santos.
Esquema de fraudes.
O esquema criminoso do deputado George Santos —ex-tesoureira do deputado— envolvia a obtenção de financiamento eleitoral da FEC (Comissão Eleitoral Federal). Para se qualificar ao sistema, o candidato precisava ter pelo menos US$ 250 mil em doações de contribuintes.
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Santos constatou que 11 familiares apoiaram sua campanha. Além de não terem feito doações financeiras, esses parentes não deram permissão para o uso de seus nomes no sistema do Fundo Partidário Eleitoral.
De acordo com o Departamento de Justiça, George Santos também teria mentido ao alegar um empréstimo de US$ 500 mil para a campanha. O ex-congressista, na verdade, não possuía nem US$ 8.000 em sua conta na época em que declarou tal valor.
Com a implementação desse plano, Santos e Marks asseguraram que Santos alcançasse os critérios financeiros necessários para se qualificar para o programa administrado pelo comitê nacional do partido. Em decorrência da qualificação para o programa, a campanha para o Congresso recebeu apoio financeiro significativo, afirmou o departamento norte-americano.
Além do furto de dados de eleitores, Santos também praticou lavagem de dinheiro. O esquema utilizou uma empresa fictícia que recebeu 50 mil dólares em doações de dois apoiadores, que acreditavam que o valor seria destinado ao financiamento da campanha do candidato.
Ao efetuar o depósito na conta da empresa, Santos repassou o valor para sua própria conta e utilizou-o para despesas particulares.
Fonte por: Poder 360