George Santos se entregou às autoridades e iniciou a execução da pena imposta nos EUA
Ex-parlamentar, descendente de brasileiros, teve sua condenação confirmada por fraude, desvio de identidade e emprego irregular de recursos de campanha.

O ex-deputado norte-americano George Santos, filho de imigrantes brasileiros, iniciou a execução da pena de 7 anos e 3 meses nesta sexta-feira (25.jul.2025), após se render em uma prisão federal em Fairton, no Estado de Nova Jersey. A informação foi confirmada pela BBC.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Aos 37 anos, Santos está cumprindo pena superior a sete anos por delitos como fraude eletrônica, roubo de identidade, lavagem de dinheiro e declarações falsas à Justiça Eleitoral dos Estados Unidos. Ele também foi condenado a pagar pelo menos US$ 374 mil em indenização.
Antes de renunciar, o ex-deputado publicou no X uma mensagem: “Posso estar deixando o palco (por enquanto), mas acreditem, lendas nunca saem de verdade.”
LEIA TAMBÉM:
● Megaterminal de Santos tem capacidade exagerada, afirma especialista
● Crescimento de 90% no uso da Assinatura Gov.br observado em seis meses; confira como utilizá-la
● Brasil acompanha a China e diminui exposição em ativos norte-americanos
Após a sentença, Santos continuou ativo nas redes sociais. Ele passou a semana gravando vídeos no Cameo com uma contagem regressiva até o dia de sua prisão.
Santos foi eleito para o Congresso dos EUA em 2022, porém, logo no início de seu mandato, surgiram acusações de que ele havia adulterado informações sobre sua trajetória acadêmica e experiência profissional.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Em maio de 2023, foi formalmente acusado de 13 crimes, entre eles fraudes na arrecadação de campanha e falsidade em declarações financeiras.
Em dezembro de 2023, ele se tornou o primeiro deputado dos EUA a ser expulhido da Câmara em mais de 20 anos. Ele respondeu a 23 acusações criminais federais.
Esquema de fraudes
O esquema criminoso do deputado George Santos —ex-tesoureira do deputado— envolvia a obtenção de financiamento eleitoral da FEC (Comissão Eleitoral Federal). Para se qualificar ao sistema, o candidato precisava apresentar pelo menos US$ 250 mil em doações de contribuintes.
Santos constatou que 11 familiares apoiaram sua campanha. Além de não terem feito doações financeiras, esses parentes não permitiram o uso de seus nomes no cadastro da FEC.
De acordo com o Departamento de Justiça, George Santos também se viu envolvido na falsidade de um empréstimo de US$ 500 mil para a campanha. O ex-congressista, de fato, não possuía nem US$ 8.000 em sua conta na época em que declarou tal valor.
Com a implementação desse plano, Santos e Marks asseguraram que Santos alcançasse os critérios financeiros necessários para se qualificar para o programa administrado pelo comitê nacional do partido. Em decorrência da qualificação para o programa, a campanha para o Congresso recebeu apoio financeiro significativo, afirmou o departamento norte-americano.
Além do furto de dados de eleitores, Santos também praticou lavagem de dinheiro. O esquema utilizou uma empresa fictícia que recebeu 50 mil dólares em doações de dois apoiadores, que acreditavam que o valor seria destinado ao financiamento da campanha do candidato.
Ao efetuar o depósito na conta da empresa, Santos repassou o valor para sua conta pessoal, utilizando-o para despesas particulares.
Fonte por: Poder 360