Gerdau reduz gastos no Brasil e solicita proteção contra práticas comerciais abusivas

Concorrência acirrada com aço importado provoca demissões e obriga empresa a repensar sua estratégia; a operação nos Estados Unidos prossegue com novos …

01/08/2025 21h51

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(Imagem de reprodução da internet).

A Gerdau informou na sexta-feira, 1º de agosto de 2025, que diminuirá os investimentos no Brasil a partir de 2026 e confirmou a demissão de 1.500 funcionários no país desde o início do ano.

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A ação, que vinha sendo discutida pela empresa em fevereiro deste ano, representa uma reação à falta de posicionamento mais contido do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para impedir o aumento das importações de aço, principalmente da China.

“Assim que o governo federal implementar medidas de defesa comercial, poderemos retomar essas usinas”, declarou o CEO da empresa, Gustavo Werneck, ao comentar os resultados do segundo trimestre.

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Apesar da reavaliação no Brasil, Werneck declarou que a Gerdau continuará investindo nos Estados Unidos, onde a empresa identifica um cenário mais propício, com políticas de incentivo à reindustrialização.

Nos Estados Unidos, o crescimento da capacidade produtiva segue sendo gradual e modesto, ano após ano, afirmou.

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Reavaliação em outubro

Os investimentos previstos para 2025, avaliados em 6 bilhões de reais, dos quais 4 bilhões serão direcionados para o Brasil, permanecem confirmados. Contudo, a empresa comunicou que irá analisar novamente a estratégia para os anos subsequentes.

A revisão será tratada entre agosto e setembro, com previsão de apresentação em outubro, em reunião com investidores. Entre 2022 e 2024, os investimentos anuais da empresa siderúrgica variaram de R$ 5 bilhões a R$ 6 bilhões.

Ação nos EUA

A Gerdau opera com aproximadamente 30% de capacidade ociosa em suas atividades nos Estados Unidos, o que possibilita aumentar a produção sem a necessidade de construir novas fábricas.

A empresa produz cerca de 4 milhões de toneladas de aço por ano no país. Com os ajustes em curso, esse volume poderá aumentar em até 1,5 milhão de toneladas.

Resultados no segundo trimestre

A empresa obteve lucro líquido ajustado de R$ 864 milhões no período de abril a junho, representando uma redução de 8,6% em comparação com o mesmo período de 2024.

A receita líquida aumentou 5,5%, atingindo R$ 17,5 bilhões, devido ao desempenho na América do Norte. A íntegra do balanço trimestral (PDF – 2 MB), publicado na quinta-feira (31.jul).

As vendas no Brasil foram impactadas pelo aumento da presença de aço importado, que atingiu 26% do mercado no período, representando um acréscimo de 3,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A empresa ressaltou que essa situação demanda o fortalecimento dos instrumentos de proteção comercial.

Na América do Sul, observou-se recuperação oportuna na Argentina, contudo o cenário permanece desafiador, sobretudo no setor da construção civil.

Fonte por: Poder 360

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