Gestão inadequada compromete o sistema portuário brasileiro, afirma diretor do setor

Mário Povia, do IBI, afirma que os portos enfrentam dificuldades devido ao congestionamento em seus terminais.

14/05/2025 13h51

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O diretor-presidente do IBI (Instituto Brasileiro de Infraestrutura), Mário Povia, afirmou que o congestionamento nos terminais portuários do Brasil é um “problema sistêmico” decorrente de falhas na gestão dos terminais. Ele participou do 9º Encontro da ANUT (Associações Nacional dos Usuários de Transporte de Carga).

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Povia argumenta que a frequência com que os gestores de portos e ministros de Estado responsáveis pelo setor prejudica a progressão de iniciativas de aprimoramento. “O Brasil está patinando no sistema portuário. O que poderia ser feito em dois anos leva seis.”

A movimentação de contêineres nos portos do Brasil é um problema frequente. Em 2024, o sistema portuário brasileiro enfrentou um “colapso muito forte”, conforme o secretário-executivo do Conselho de Infraestrutura na CNI. Algumas empresas registraram atrasos de 40 dias nas suas cargas.

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Um erro em um porto causa o colapso do sistema. Declarou que “estamos vivendo com a faca no pescoço”.

Dados recentes do Cecafê revelaram que o setor reduziu em 638 mil sacas as exportações de café para o mercado externo em março de 2025, devido à insuficiência da infraestrutura portuária do país, gerando uma perda de R$ 8,901 milhões.

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O Brasil não obteve US$ 262,8 milhões (R$ 1,510 bilhão) em receita cambial proveniente das transações comerciais durante o período em questão.

O presidente do IBI declara que o Brasil deve desenvolver um ambiente de negócios que incentive o investimento e as parcerias público-privadas, visando impulsionar o setor portuário. Ele considera os leilões de áreas portuárias, como os STS10 e STS08, cruciais para esse objetivo.

No STS10, o projeto foi incorporado à carteira de investimentos do Ministério de Portos e Aeroportos e contempla a construção de um novo terminal de contêineres com capacidade para movimentar 2,2 milhões de TEU (Unidade de Equivalente de Vinco de 20 pés) por ano, a partir do sexto ano de concessão. TEU é a unidade padrão de medida empregada na indústria portuária e no transporte marítimo para expressar.

A partir do 11º ano, estima-se um volume de 2,4 milhões de TEU/ano. A área de arrendamento, que já foi objeto de estudo e audiência pública, deve ser licitada em 2025.

O Porto de Santos estima uma movimentação de 27,2 milhões de toneladas para o STS08.

Em março de 2025, o movimento portuário no Brasil registrou um crescimento de 5,49%, atingindo 113,7 milhões de toneladas em relação ao mesmo período de 2024, conforme dados da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Fonte: Poder 360

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