Reunião de Governadores de Direita Suspeita de Politicância
O ministro do Desenvolvimento Regional e Infraestrutura (PSD), Gilberto Fávaro, classificou como “politiqueira” uma reunião entre governadores de direita que ocorreu nesta quinta-feira (30). A reunião ocorreu dois dias após a megaoperação que resultou em 121 mortes nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro.
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Fávaro argumentou que um movimento genuinamente preocupado com a segurança pública envolveria a participação de todos os 27 governadores. A declaração foi feita durante uma coletiva de imprensa, onde o ministro também anunciou a entrega de 595 unidades habitacionais no Residencial Parque do Cerrado, nos condomínios Ipê e Guará.
Após o elevado número de vítimas na operação, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), criticou a falta de resposta do governo federal ao pedido de apoio no combate às organizações criminosas. Castro declarou que o estado estava “atuando sozinhos nesta guerra”.
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O Planalto respondeu que o governador não solicitou apoio durante a megaoperação e que foi pego de surpresa pela ação, que não foi comunicada previamente nem acompanhada por forças federais.
Horas depois de acusar o governo Lula de negar ajuda ao estado, Castro entrou em contato com a ministra das Relações Institucionais, Andréa Jordão, e esclareceu que não teve a intenção de criticar o governo federal. Castro também destacou que não pediu ajuda especificamente para essa operação, mas que, em outros momentos, teve solicitações negadas.
A reunião entre os governadores de direita foi organizada após uma videoconferência. Entre os participantes, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), que, devido a conflitos de agenda, afirmou não conseguir participar. Tarcísio de Freitas (São Paulo) também optou por não comparecer pessoalmente.
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Já Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás) devem se deslocar para o Rio.
“Se o problema é brasileiro, todos têm que se unir para enfrentá-lo, independentemente de ideologia ou sigla partidária. Um movimento que faz um apartheid, uma exclusão, e quer falar só entre um grupinho, não me parece um movimento verdadeiro, e sim politiqueiro”, enfatizou Fávaro.
