Gleisi comenta sobre as críticas de Rui à CGU em relação ao seu cargo
A ministra-chefe das Relações Institucionais manifestou-se sobre declarações de um colega do Palácio do Planalto, que alegava que a CGU não havia informado sobre o esquema de fraude no INSS.

A chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo, Gleisi Hoffmann, comentou, na quinta-feira (9), as declarações críticas do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, acerca da atuação da Controladoria-Geral da União (CGU) em relação ao esquema bilionário de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
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A posição do ministro Rui Costa como ministro da Casa Civil é relevante. Não conversei com ele após a entrevista. No entanto, o que é importante é que a CGU realizou a apuração, afirmou Gleisi na saída de agenda com banqueiros, em São Paulo.
Em entrevista publicada pelo jornal O Globo, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, declarou que a CGU não emitiu alertas antecipados “ao nível de ministro” sobre o caso que estava sendo investigado.
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Rui avalia que a falta de comunicação direta com o ex-ministro Carlos Lupi, responsável pela Previdência Social, permitiu que o governo agisse com antecedência.
Isso serviu de base para que a Polícia Federal realizasse a investigação necessária e nós chegássemos a ver o que estava acontecendo. houve uma quadrilha que foi desmantelada. Isso é muito importante. Essa quadrilha é desmantelada, as pessoas serão responsabilizadas e os aposentados e pensionistas terão seus direitos protegidos e seus direitos resgatados, complementou a chefe da pasta.
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O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, defendeu as investigações sobre o caso e declarou que “sempre é hora de corrigir o que está errado”.
Desde o início dos trabalhos neste governo, recebemos a orientação do presidente Lula que a CGU seja implacável contra qualquer ato de corrupção. E é isso que estamos fazendo. É sempre hora de corrigir o que está errado, com verdade, justiça e respeito a que mais precisa.
Golpe do INSS
A investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União apurou que sindicatos e entidades associativas podem ter cobrado indevidamente aproximadamente R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024, por meio de descontos associativos.
Após o escândalo, no mês passado, seis servidores públicos foram afastados e o presidente do instituto, Alessandro Stefanutto, renunciou.
Em meio à crise, Lupi também pediu demissão do cargo após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fonte: CNN Brasil