Gleisi denuncia Bolsonaro por tentativa de intimidação a Calrão e Motta

Neto de ex-presidente afirmou que, da mesma forma que aconteceu com ministros do STF, os presidentes da Câmara e do Senado podem ter seus vistos america…

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(Imagem de reprodução da internet).

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, declarou, por meio do X (antigo Twitter), que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ameaça os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), com sanções, incluindo a cassação de seus vistos americanos. Eduardo Bolsonaro afirmou, também no X, que não assina nada, em resposta a alegações de que estaria intimidando os parlamentares.

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O filho do ex-presidente declarou que, da mesma forma que aconteceu com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os presidentes da Câmara e do Senado podem ter seus vistos americanos revogados como medida de retaliação por não apoiarem a anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Se o Brasil não conseguir discutir a anistia e o impeachment de Alexandre de Moraes, a situação ficará delicada”, afirmou.

O Davi Alcolumbre não está neste estágio ainda, mas certamente está no foco do governo americano. Ele tem a possibilidade agora de não ser sancionado e não acontecer nada com o visto dele, se ele não der respaldo ao regime. E também o Hugo Motta, porque na Câmara dos Deputados tem a novidade da lei da anistia.

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Gleisi declarou que a declaração se trata de uma ameaça e de um “crime intolerável contra a soberania e a democracia no Brasil”. “A conspiração desse traidor da pátria com os agentes de Donald Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente”, afirmou a ministra, mencionando o presidente dos EUA.

No X, o deputado declarou que não proferiu uma ameaça direta. “Assim como não é uma ameaça aplicar a Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes”, afirmou. “Estou aberto a contribuir com Davi Alcolumbre e Hugo Motta e colocá-los na Casa Branca para que sejam os principais interlocutores desse processo de anistia”, complementou.

Oito ministros do Supremo Tribunal Federal tiveram seus vistos nos Estados Unidos revogados, conforme declarado pelo secretário de Estado Marco Rubio, após a Corte ter adotado medidas cautelares em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As sanções, incluindo a cassação de vistos e o aumento de tarifas de 50% sobre produtos nacionais, contam com o apoio de Eduardo Bolsonaro.

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O deputado se encontra em autoexílio nos EUA, solicitando que autoridades locais exerçam pressão sobre o Congresso para que seja concedida anistia ao pai, sob investigação pela participação na trama golpista. Na última segunda-feira (21), Eduardo declarou ter participado de reuniões com membros do governo americano, durante as quais a taxa de 50% sobre produtos nacionais foi abordada.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Carol Santos

Fonte por: Jovem Pan

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