Golpistas empregaram fotos pessoais de vítimas para aplicar fraudes em pagamentos consignados do INSS
Fotos foram divulgadas nas redes sociais e obtidas pessoalmente para contornar o sistema de verificação.

Golpistas obtiveram acesso a descontos irregulares e não autorizados de aposentados e pensionistas do INSS, utilizando fotos publicadas em redes sociais, como selfies.
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Na quinta-feira (8 de maio de 2025), o presidente do instituto, Gilberto Waller Junior, ordenou o bloqueio automático dos descontos nos empréstimos de todos os segurados. Somente poderão ser realizados se o beneficiário desbloquear voluntariamente o débito por meio do reconhecimento facial no aplicativo Meu INSS. As informações são do jornal O Globo.
O crédito consignado permite a assinatura por biometria desde a publicação da instrução normativa 138 de 2022. Um dos critérios definidos no texto é que a imagem enviada passa por uma verificação de atualidade. Nesse processo, o sistema tecnológico identifica se há uma pessoa física presente na imagem ou vídeo solicitado. Contudo, o reconhecimento biométrico não foi aplicado em todos os casos.
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Estratégias de golpe.
Diversos tribunais entendiam que uma simples selfie não constituía prova válida de consentimento, o que levou golpistas a obter permissão explícita das vítimas. Alegavam que o envio de fotografias era indispensável para o reembolso de valores ou a revisão de benefícios.
Outros suspeitos fotografavam aposentados que realizavam simulações de crédito presenciais, oferecendo benefícios, liberação de valores e atualização cadastral no INSS.
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Em 2024, o TJ-SP julgou o caso de uma aposentada analfabeta que, após assinar um contrato por meio de selfie, teve descontos em suas parcelas do INSS. A mulher alegou não reconhecer o empréstimo e o banco foi condenado a restituir o valor de R$ 4.489,93.
O relatório de 2023 do TCU apontou falhas de controle nos sistemas de crédito consignado e de descontos do INSS. Observou-se um aumento no valor dos descontos por empréstimo, passando de R$ 57,5 bilhões em 2021 para R$ 89,2 bilhões em 2023.
Fonte: Poder 360