Gonet concorda com a destruição do passaporte de Léo Índio, acusado pelo crime de 8 de janeiro

29/04/2025 às 12h08

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(Imagem da internet).

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, aceitou o pedido da Polícia Federal (PF) para anular o passaporte apreendido de Leonardo Rodrigues de Jesus, também conhecido como Léo Índio, primo dos filhos mais velhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que se encontra foragido.

Gonet salientou, em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira (29/4), que a medida é adequada, visto que o documento está cancelado.

O passaporte de Léo Índio foi apreendido pela Polícia Federal em outubro de 2023, durante uma operação. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República por envolvimento nos atos de 8 de janeiro e fugiu para a Argentina, alegando perseguição política.

“Qual é o nosso principal medo? Não sabemos até onde vão os tentáculos do STF, então temos muito medo dessa lista cair em mãos de pessoas mal-intencionadas, seria uma pescaria em um aquário. Imagine você ter uma lista de pessoas que estão em determinados locais na Argentina… Seríamos alvos fáceis”, declarou Léo durante entrevista a uma rádio de Cascavel (PR).

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A Polícia Federal pretende solicitar a extradição dele diretamente às autoridades argentinas, em vez de acionar a Interpol. Isso é viável em razão de um acordo de cooperação jurídica entre os dois países, que contempla um tratado de extradição. Assim, o pedido poderá ser feito por meios diplomáticos – por meio do Ministério da Justiça e do Itamaraty – sem a necessidade de envolvimento da Interpol.

Acomodação temporária

O advogado de León Andino apresentou ao STF um documento indicando que ele se encontra na Argentina. A autorização provisória de permanência no país lhe assegura o direito de realizar atividades remuneradas, estudar, trabalhar e ter acesso aos serviços públicos locais.

Em 28 de fevereiro deste ano, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Léo Índio, tornando-o réu pelos atos que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. A Turma também formou maioria para manter a decisão anterior e rejeitou recurso da defesa. O processo penal foi aberto por meio de julgamento no plenário virtual.

Fonte: Metrópoles

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